A Ripple anunciou uma doação de US$ 10 milhões à Mercy Corps como investimento na inclusão financeira, visando levar soluções de finanças digitais à população desbancarizada.
A iniciativa deve começar pela América Latina, de acordo com o comunicado oficial sobre a parceria anunciada durante a conferência anual Swell.
O fundo Ripple Impact fez parceria com várias ONGs, universidades e parceiros da indústria de criptomoedas para trazer 1,7 bilhão de adultos sem conta bancária para o sistema financeiro global.
A Mercy Corps é uma organização não governamental de ajuda humanitária que visa criar oportunidades econômicas em países onde o sistema financeiro não está funcionando adequadamente, e diz já ter ajudado na sobrevivência de mais de 220 milhões de pessoas através de tecnologias inovadoras.
Sistema financeiro quebrado
“O sistema financeiro existente é antiquado, falido e mal projetado para atender às necessidades daqueles em mercados emergentes, que são muitas vezes esquecidos pelos provedores de serviços financeiros”, diz a Ripple. “À medida que a pandemia estimula uma mudança crescente em direção aos pagamentos digitais, o número de pessoas sem acesso a serviços financeiros acessíveis só está crescendo.”
Segundo Scott Onder, gerente sênior Diretor da Mercy Corps Ventures, o sistema financeiro existente exclui principalmente as mulheres.
Contudo, Onder afirma que tecnologias emergentes de fintech, criptomoedas e blockchain “têm o potencial de transformá-lo radicalmente”.
Serviços acessíveis
Através da parceria, a organização humanitária apoiará soluções que alavancam tecnologias financeiras digitais, como livros-razão distribuídos, ativos digitais e criptomoedas, para trazer um grande número de pessoas em mercados emergentes para a economia global em uma iniciativa de três anos.
A Ripple já está trabalhando com a Mercy Corps Ventures para definir pilotos e investir em startups de fintech em estágio inicial no Sul Global e na América Latina.
O objetivo da organização é alcançar 10 milhões de pessoas até 2030.
“Vamos alavancar nossos recursos globais e alcance para garantir que as vozes da comunidade sejam ouvidas e que as populações vulneráveis não sejam deixadas para trás na revolução das fintech”, conclui.