Depois de comparar o Bitcoin (BTC) a um esquema Ponzi, o maior banco de Cingapura (e um dos maiores da Ásia) lançará uma corretora de criptomoedas.
O DBS Group, eleito o melhor banco em 2018 pela Global Finance Magazine, está lançando uma exchange “on-ramp” (que converte moedas fiduciárias em cripto).
A plataforma chamada DBS Digital Exchange permitirá a negociação de… Isso mesmo, Bitcoin. Irônico? Pois é, o mercado de criptoativos tem dessas.
Além da principal criptomoeda do mercado, estarão disponíveis na plataforma o Bitcoin Cash (BCH), Ethereum (ETH) e XRP da Ripple.
Esses criptoativos poderão ser negociados com o dólar americano (USD), o dólar cingapurense (SDG), o dólar de Hong Kong (HKD) e o iene japonês (JPY).
Além da custódia dos fundos de seus clientes, tokens de segurança (STOs) também serão ofertados “em um momento oportuno”, para ajudar empresas a arrecadarem fundos, segundo o The Block.
A corretora é direcionada a investidores institucionais, incluindo instituições financeiras e formadores de mercado profissionais, diz o site oficial.
Contudo, a DBS Digital Exchange não permitirá a negociação durante os fins de semana, indo na contramão do mercado cripto.
A plataforma funcionará apenas nos dias úteis, como uma corretora de mercado tradicional, entre as 9 da manhã e 4 da tarde.
De ‘esquema ponzi’ à negócio da empresa
Como já aconteceu diversas vezes, com o tempo, grandes players do mercado financeiro mudaram sua opinião acerca do Bitcoin, passando a ver o criptoativo como uma boa oportunidade de negócio.
No caso do DBS Group, em 201 o então diretor de informações da multinacional, David Gledhill, disse que o banco via o Bitcoin “como uma espécie de esquema Ponzi”.
Argumentando que todas as transações do ativo são “incrivelmente caras” e “todas as taxas estão escondidas por meio dos cripto-mecanismos”, Gledhill declarou:
“Não achamos que o DBS estando nesse jogo agora irá criar uma vantagem competitiva para nós.”
Três anos depois, cá estamos assistindo o banco lançar sua corretora de criptomoedas.
O CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, por exemplo, também começou com uma opinião negativa sobre o bitcoin, mas as coisas mudaram.