O JPMorgan realizou uma atualização em suas recomendações para ações de mercados emergentes, fazendo mudanças nas projeções para Brasil e México.
Enquanto o Brasil enfrenta desafios externos e internos que afetam a atratividade de suas ações, o México é favorecido pelo fortalecimento de sua relação econômica com os Estados Unidos.
Para o Brasil, a recomendação foi rebaixada de “overweight” para “neutro”. Segundo o banco, o crescimento mais lento da economia chinesa, combinado com a perspectiva de medidas protecionistas sob o futuro governo de Donald Trump, pode impactar negativamente os preços das commodities, um dos pilares da economia brasileira.
Além disso, o cenário de política monetária local é algo para se preocupar. O aumento esperado na taxa de juros em 2025 pode reduzir a competitividade de diversas empresas listadas.
O índice MSCI Brasil, das principais empresas brasileiras, acumula uma desvalorização de 23% no ano, em contraste com o ganho superior a 6% observado no índice MSCI de mercados emergentes.
Sentimento positivo sobre a economia mexicana
Em sentido oposto, o JPMorgan melhorou a avaliação do México, elevando sua recomendação para “overweight”.
O banco citou como principal fator o forte crescimento econômico dos Estados Unidos, parceiro comercial estratégico do México.
De acordo com Emy Shayo Cherman, estrategista do JPMorgan, há uma forte correlação entre a produção industrial mexicana e a dos EUA, o que beneficia o desempenho das empresas de ambos os países.
No entanto, apesar do otimismo, o banco apontou que continuará monitorando a evolução das reformas institucionais no México, que ainda representam um risco para o país.