Caso Indeal: Justiça Federal aceita denúncia contra 15 pessoas envolvidas no esquema

polícia federal indeal

A Justiça Federal aceitou a denúncia contra 15 pessoas acusadas de operarem um esquema criminoso de pirâmide financeira na Indeal.

A empresa foi investigada na Operação Egypto, realizada pela PF em conjunto com a Receita Federal em 21 de maio.

Cinco dos 15 acusados permanecem em presídios, enquanto quatro estão em prisão domiciliar. A 7° Vara Federal de Porto Alegre recebeu a denúncia na quarta-feira (24), de acordo com publicação do GauchaZH.

Outras duas mulheres foram denunciadas, mas a Justiça Federal recusou, por entender que elas não se enquadravam nos crimes descritos.

Contudo, elas serão acusadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em outra ação penal pelo crime de lavagem de dinheiro.

Uma delas é Karin Denise Homem, esposa de um dos sócios da Indeal, Ângelo Ventura da Silva; ela foi liberada a cumprir prisão domiciliar.

O esquema, que funcionava através de promessas aos clientes de investimento em criptomoedas com lucros de 15% ao mês, pode ter captado cerca de R$ 1 bilhão em depósitos das vítimas em apenas 15 meses, sendo que R$ 41 milhões foram em BTC.

As autoridades identificaram casos de lavagem de dinheiro e diversas aquisições de bens para os sócios com recursos da conta da Indeal, que deixou um rombo de R$ 300 milhões, lesando milhares de clientes.

Segundo a PF, os patrimônios de um dos sócios inclusive passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em aproximadamente um ano.

Com o apoio da Polícia Civil e Receita Federal, a PF apurou os crimes de organização criminosa; operação de instituição financeira clandestina; oferta e/ou negociação de valores mobiliários sem autorização; crime contra as relações de consumo; gestão fraudulenta; apropriação indébita financeira; evasão de divisas; falsidade ideológica; lavagem de dinheiro; violação de sigilo funcional.

No início do mês, a Receita Federal publicou um relatório mostrando que a Indeal deve R$ 1,1 bilhão a mais de 23 mil clientes.

Para conseguir o dinheiro de volta, as vítimas precisam apresentar, em forma de processo, os pedidos de indenização e restituição de valores. Ao menos 21 ações já correm no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

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