Em busca de respostas, aproximadamente cem clientes da Indeal se juntaram em um protesto no escritório da empresa em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o Gaúcha ZH, o ato que aconteceu na sexta-feira (11) contou com declarações de pessoas que investiram tudo que tinham no negócio investigado pela Polícia Federal por suspeita de pirâmide financeira.
A empresa e os sócios, que ofereciam investimentos em bitcoin com promessas de altos lucros, são acusados de diversos crimes, incluindo organização criminosa e gestão fraudulenta.
Investidores de várias regiões estiveram presentes no protesto, que foi organizado pela Associação de Clientes InDeal (Assic) e durou cerca de duas horas.
Com frases como “Queremos nosso dinheiro” e “Devolvam o que é nosso”, o grupo se revezou em discursos cobrando agilidade das autoridades na liberação de recursos a que teriam direito como investidores, disse o site.
A presidente da Assic, Carolina Oliveira, disse que a entidade reúne 8 mil filiados, mas que a quantia que cada associado tem a receber ainda não foi calculada.
Segundo relatório da Receita Federal, que participa do inquérito da PF contra a Indeal, a empresa deve cerca de R$ 1,1 bilhão a 23,2 mil clientes por todo o Brasil.
Jean Carbonera, advogado contratado para representar os filiados da Assic, afirmou que está em tratativas com o Ministério Público Federal (MPF) para que seja organizado um plano de pagamento a investidores de valores bloqueados, reportou o site.
Ele teria dito também que assim que sócios da empresa entregarem a lista de todos os bens e carteira de bitcoins, a Justiça deve avaliar a situação.