O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento ao Ministério Público sobre seu envolvimento na empresa 18K, uma suposta pirâmide financeira que se apresenta como marketing multinível.
A empresa que oferece rendimento de 2% ao dia com Bitcoin é investigada pelo Ministério Público Federal e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.
Segundo informações do site UOL, Ronaldinho prestou depoimento na semana passada como testemunha em Barueri-SP, onde o CNPJ da 18K está registrado.
O ex-atleta negou ser sócio da empresa e disse ao MPF que tinha uma parceria com a mesma por meio de um contrato de publicidade.
No entanto, ele alega que o contrato teria sido rompido unilateralmente quando a empresa passou a oferecer investimentos com Bitcoin.
De acordo com Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho, o ex-jogador não teria autorizado a 18K a usar sua imagem para negócios de arbitragem em criptomoedas.
Os próximos a serem ouvidos são os sócios da empresa, Marcelo Lara Marcelino e Rafael Horácio Nunes de Oliveira, que não vivem em São Paulo.
Em até 30 dias a CVM, que abriu processo contra a 18K, deve publicar um relatório sobre sua investigação contra a empresa.
Gabriel Villareal, advogado da empresa, disse à reportagem que a 18K não usa o dinheiro dos clientes para fazer operações financeiras e que não trabalha com investimentos.
“Cada minuto conta ao gerenciar a exposição a entidades sancionadas, fundos hackeados, mercados clandestinos e outras atividades ilícitas”, afirma. “É por isso que a Chainalysis está investindo em alertas rápidos e acionáveis para ajudar nossos clientes a reduzir o risco com criptomoedas.”
Durante os anos em que Ronaldinho foi garoto-propaganda da 18k, o ex-atleta dizia que a empresa se tratava de marketing multinível, vendendo relógios e outros produtos e oferecendo bônus como carros de luxo aos seus “líderes” durante reuniões.
No entanto, essa não é a primeira vez que Ronaldinho Gaúcho se envolve em um projeto suspeito de fraude envolvendo bitcoin.
O ex-jogador já foi garoto-propaganda e principal promotor da LBLV, empresa que atuava no mercado forex (ilegal no Brasil) e foi proibida de atuar no país pela CVM.