Mais de 30% das operações de transferência da Ripple vêm do Brasil, de acordo com Eric van Miltenburg, vice-presidente sênior de operações globais do sistema de pagamento distribuído em entrevista à Época Negócios.
A Ripple, que acaba de completar um investimento de US$ 50 milhões na MoneyGram, empresa líder global de serviços de pagamento, abriu um escritório no Brasil em junho deste ano.
O executivo afirmou que a porcentagem de operações de transferência de pagamentos realizadas no Brasil é superior aos Estados Unidos e países da Europa.
“Uma medida que usamos é a quantidade de transferências, sem considerar o total de dinheiro entrando ou saindo. Por esse critério, o Brasil representa 30% de todas transações da Ripple”, explicou.
Ao ser questionado sobre o motivo de os Estados Unidos e Europa não estarem entre os principais mercados da Ripple, ele apontou para o fato de que países mais desenvolvidos costumam ter uma estrutura mais eficiente de transferência internacional de dinheiro, e declarou:
“Podemos melhorar o fluxo de pagamentos entre os Estados Unidos e a Zona do Euro? Certamente. Mas nossa vantagem competitiva é bem maior em corredores mais exóticos, como entre Brasil e Tailândia.”
No entanto, ele afirma que, o objetivo da Ripple é “fortalecer as moedas nacionais, em vez de competir com elas”.