A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (17), Carlos Costa e Carlos Wanzeler, donos da Telexfree, considerada uma das maiores pirâmides financeiras do Brasil. O ato aconteceu durante a Operação Alnilam, que investiga a suposta ocultação de valores obtidos com as atividades da empresa no Brasil, conforme reportagem do G1.
Os sócios da empresa que operou entre 2012 e 2013 foram presos em suas casas, em Vila Velha e Vitória, durante a operação que contou com 15 policiais federais no cumprimento de três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão.
A Telexfree vendia pacotes de telefonia móvel e mantinha um esquema de pirâmide financeira por meio de um sistema de venda direta remunerada, no qual o interessado em participar precisava pagar uma taxa de adesão de US$ 50 para se tornar um divulgador e, depois, tinha que revender seus pacotes para outros usuários interessados e estimulá-los a fazer o mesmo.
As investigações da PF indicaram que os valores obtidos com as atividades da Telexfree no Brasil teriam sido ocultados evitar que a Justiça os alcançasse. Rafael Lima, advogado da dupla, disse não ter entendido o motivo da prisão, acrescentando que:
“Se for esse, é algo que chama atenção, porque são fatos, no mínimo, de 2014. Não consigo entender porquê uma prisão a essa altura do campeonato, principalmente levando em consideração que nenhum dos processos a que eles respondem sequer foi sentenciado.”
Segundo a reportagem, as autoridades suspeitam que imóveis foram adquiridos em nome de outras pessoas, com recursos diretamente ligados à atividade da Telexfree.
“Esses imóveis depois eram alugados, gerando renda para os investigados”, diz o texto.
Em setembro deste ano, o Criptonizando noticiou que a empresa deve mais de R$ 2 bilhões a mais de 1 milhão de credores.