A organização terrorista ISIS, também conhecida como Estado Islâmico, está recorrendo à tecnologia blockchain para se comunicar após ter sido banida do Telegram.
Segundo relatório do portal Vice, as atividades on-line de apoiadores do violento grupo jihadista foram rastreadas por especialistas, que identificaram o uso do BCM – Because Communication Matters (“Porque a Comunicação é Importante”, em português), um aplicativo de mensagens baseado em blockchain.
O que torna este aplicativo de mensagens tão atrativo para a organização criada após a invasão do Iraque em 2003, é justamente sua promessa de que “tudo é criptografado”.
Isso garante a segurança e privacidade para atuarem da maneira que preferirem, já que ninguém mais no servidor tem acesso ao conteúdo.
Além disso, no BCM é possível criar grupos com até 100.000 pessoas, e os usuários não precisam cadastrar um número de telefone ou endereço de e-mail para obter uma ID de usuário.
A partir de 2014, o Estado Islâmico ganhou mais poder, quando começou a expandir para boa parte do Oriente Médio – iniciativa que foi facilitada com a ajudas das redes sociais (principalmente o Twitter), devido à rápida disseminação de suas ideias, vídeos e propagandas, de acordo com um artigo do MIT Technology Review.
Depois de ser bloqueado em outras plataformas de mídia social, o grupo se voltou para aplicativos de mensagens, e estava usando o Telegram até maio deste ano, quando 8.291 bots e canais terroristas foram banidos da plataforma, segundo o canal ISIS Watch.
A organização também está testando outros aplicativos como Hoop, TamTam, RocketChat e Riot. Contudo, os benefícios do BCM Messenger conquistaram o foco do grupo.