O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou com uma ação civil na quarta-feira (18), contra o grupo Gensa Serviços Digitais, que controla a Genbit, pedindo o bloqueio de R$ 1 bilhão para pagar os clientes lesados.
Conforme reportado pelo Livecoins, o bloqueio dos valores dos sócios e da empresa que prometia rendimentos de até 15% deve ser usado para ressarcir os investidores, que não conseguem realizar saques na plataforma da Genbit desde setembro.
A ação, que corre em segredo justiça, também solicita a busca e a apreensão por dispositivos eletrônicos dos membros da empresa, bem como a apreensão dos passaportes de todos os administradores.
Além da Gensa Serviços Digitais, o MP também cita as empresas Zero10 Club, Genbit, Zurich Capital de Investimentos, HDN Participações S/A (Grupo Tree Part), Procar Rent a Car, New Tiger Merchant Bank, e Arbor Serviços de Gestão Financeira, e pede o fechamento do conglomerado.
Segundo consta nos autos, a ação tem como objetivo “fazer cessar as atividades dos Requeridos e buscar o ressarcimento dos investidores lesados, em decorrência de operações fraudulentas praticadas pelos representantes legais das empresas (…) e/ou outras que venham a ser descobertas, com base na Lei Federal nº 7.913/1989.”
O órgão afirma que 45 mil investidores foram lesados pelo grupo e, considerando “os valores por estes investidores e, consequentemente, do efetivo dano causado a cada um daqueles, dá-se à causa o valor de R$ 1. 000.000.000,00 (um bilhão de reais)”, diz a ação.
Com mais de R$ 1 milhão já bloqueados pela Justiça, a Genbit lançou em novembro o Treep Token (TPK), uma criptomoeda sem liquidez que seria usada para pagar os clientes.
A empresa também investigada pela Polícia Civil e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por indícios de pirâmide financeira, já responde a cerca de 150 ações, que ultrapassam R$ 10 milhões.
De acordo com recente relato de uma investidora, o negócio funcionava como uma seita religiosa.
Em outubro, o Criptonizando publicou uma reportagem que explica a história e relação entre a Genbit, Zero10 Club e Gensa Serviços Digitais. Em nota, a Genbit negou a relação entre as empresas, afirmando inclusive que a Genbit “não tem nada a ver com o programa de vantagens mantido pelo Grupo Tree Part, o Treep.