Em mais um episódio da saga que tem sido a trajetória da Genbit, antiga Zero10 Club, a Justiça de São Paulo agora determinou o bloqueio de R$ 800 milhões de ativos e criptomoedas da Gensa Serviços Digitais (Grupo Tree Part), responsável pela empresa de Nivaldo Gonzaga.
De acordo com publicação do Livecoins, a decisão é referente à ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo que pediu o bloqueio de R$ 1 bilhão da empresa sediada em Campinas (SP).
Luis Felipe Ferrari Benendi, juiz responsável pela determinação de bloqueio dos ativos, disse que verificou todos os elementos necessários para tal medida, que é instaurada quando há “elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”, segundo o Código de Processo Civil.
A Genbit, que prometia lucros fixos de até 15% ao mês através de supostos investimentos em criptomoedas, já teve seu modelo de negócios classificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como tendo indícios de ser uma “verdadeira pirâmide financeira”.
Embora o MPF tenha pedido o bloqueio de R$ 1 bilhão, o juiz decidiu pelo bloqueio de R$ 800 milhões ao estimar que cada cliente pode ter aplicado, em média, pelo menos R$ 18 mil no negócio.
Segundo a matéria, além da Genbit, outras empresas e administradores também foram citados na decisão da Justiça, são eles:
Zurich Capital de Investimentos; HDN Participações; Procar Rent a Car; New Tiger Merchant Bank; Arbor Serviços de Gestão Financeira; Nivaldo Gonzaga dos Santos e seu filho Gabriel Tomaz Barbosa; Davi Maciel de Oliveira; José Newton Esteves Garcia, Afonso André Gonçalves de Araújo; Fábio Aparecido de Almeida e Kesley Vicente Morais.
A empresa agora tem 15 dias para converter as criptomoedas em dinheiro.
Contudo, durante uma live na semana passada, Gonzaga afirmou que todo o dinheiro aplicado pelas pessoas na Genbit foi transformado em uma criptomoeda nativa da empresa, o Treep Token (TPK), que não possui valor no mercado.