O empresário bilionário e pioneiro do Bitcoin, Chamath Palihapitiya, acredita que os investidores da criptomoeda precisam mudar de estratégia para aumentar a popularidade do ativo e alcançar a adoção em massa.
Palihapitiya é CEO do fundo de capital Social Capital, e ficou popular na comunidade cripto por ter comprado 1 milhão de unidades de BTC em 2013, antes da explosão no preço da moeda digital.
Em nova entrevista à Real Vision, o bilionário chamou o Bitcoin de “proteção contra a infraestrutura financeira tradicional”, e convocou os entusiastas para uma mudança de narrativa.
Nova estratégia para o Bitcoin
O investidor canadense-americano tem orgulho de ter apostado no Bitcoin há muitos anos, mas deseja que o ativo atinja a adoção em massa.
Para que a moeda conquiste o apelo popular, Palihapitiya aconselha os entusiastas do mercado a promoverem o ativo digital de maneira mais realista.
O bilionário critica as narrativas que colocam o BTC em um pedestal, como algo mágico, e afirma: “Nós temos que diminuir isso”.
“Se você quer que o Bitcoin atinja a escala de mercado de massa, a coisa mais poderosa que você pode fazer é descrevê-lo em termos pragmáticos simples”, diz o investidor na entrevista de pouco mais de uma hora.
Segundo ele, nós precisamos “aumentar a retórica pragmática” e descrever o ativo em termos que não requerem uma crença zelosa.
“É assim que faremos sua mãe e sua avó colocarem Bitcoin em suas carteiras”, afirma.
Sistema financeiro
Palihapitiya diz que o sistema financeiro atual está passando para uma nova fase, mas não acredita que o setor bancário encontrará “algum golpe mortal fatalista”.
“Estamos vendo agora o surgimento de toda uma classe de empresas de fintech que estão lentamente corroendo a proposta de valor de instituições financeiras consolidadas. Levará outros 10 ou 20 anos para vermos isso acontecer em escala suficiente.”
Tokenização
Sobre tokenização, o empreendedor diz que o processo servirá como um livro-razão digital para todas as transações financeiras, e acredita que isso é mais benéfico para os acionistas do que para a própria empresa.
“É a alocação unitária da propriedade das coisas que as empresas vão querer criar para depois passar aos seus cotistas ou stakeholders”, diz, acrescentando que conheceu uma empresa “com um token que você pode trocar por uma vacinação gratuita”.