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março 10, 2021 
3 min. 
Não, o título não está errado! De acordo com uma matéria publicada pelo portal Estadão, ‘gatos’ de energia estão sendo feitos em periferias de São Paulo e Rio de Janeiro para a mineração de criptomoedas.
Um morador de Paraisópolis, na cidade de São Paulo, faz uso de seu computador 24 horas por dia, sem pausa, para minerar Bitcoin e Ethereum. Danilo (nome fictício), descobriu a mineração de criptomoedas quando o desemprego bateu em sua porta no ano passado.
Mas, com tanto trabalho e esforço, como fica a conta de luz?
Fica por conta de um ‘gato’ feito pelo vizinho. Segundo Danilo, se a energia consumida fosse paga por ele, cerca de R$300 ao mês teriam de ser desembolsados apenas para fazer o seu computador rodar.
O Brasil está entre os países com a conta de luz mais cara do mundo e este motivo torna a mineração legal um grande desafio.
Entretanto, os valores adquiridos com a prática ainda não são suficientes. Afinal, não é assim tão simples fazer a mineração de Bitcoin e Ethereum de forma amadora e ter que competir com outros gigantes espalhados pelo mundo. Por isso, Danilo complementa sua renda mensal trabalhando de Uber.
De olho no Paraguai
Brasileiros que buscam por novas alternativas para minerar criptomoedas em grande escala e garantir altos lucros, estão encontrando um ótimo suporte no Paraguai. Um exemplo disso, é o empresário Rocelo Lopes, fundador da plataforma Stratum.
Lopes começou a minerar no Paraguai em 2014 e afirma que o custo de energia elétrica no país é muito menor. Enquanto no Paraguai a conta fica próxima dos US$1 mil, no Brasil, o valor chega a US$5 mil por máquina.
Atualmente, com um pool de 8 mil máquinas, Lopes afirma sua pretensão de expandir os horizontes e colocar 25 mil máquinas para trabalhar.
“Para fazer algo industrial e profissional em bitcoin você precisa de uma estrutura muito grande, até porque a máquina aquece demais”, ressaltou Rocelo afirmando a importância de uma boa infraestrutura.
Além de não contar com uma mineradora de criptomoedas oficial, o Brasil é considerado economicamente inviável para qualquer tipo de mineração.
