O Mercado Livre, atualmente a maior empresa da América Latina, avaliada em quase US$60 bilhões, surpreendeu ao informar que havia comprado cerca de R$40 milhões em Bitcoin como estratégia de tesouraria.
Em comunicado a empresa informa:
“Como parte de nossa estratégia de tesouraria, neste trimestre compramos US$ 7,8 milhões ou R$ 40 milhões em Bitcoin, um ativo digital que incluímos em nossos ativos intangíveis de duração indefinida.”
Com o anúncio, o Mercado Livre se tornou a primeira grande companhia da América Latina a adicionar Bitcoin às suas reservas. Seguindo os passos das gigantes MicroStrategy e Tesla, a empresa argentina aposta no ouro digital para proteção de seu caixa.
O Mercado Livre e o Bitcoin
Este não é o primeiro envolvimento do marketplace com a criptomoeda. Recentemente, a empresa anunciou que permitirá a compra de imóveis na Argentina com pagamento em BTC.
Com o objetivo de educar a indústria local, a empresa realizou um webinar sobre criptomoedas e tecnologia blockchain que contou com mais de 300 imobiliárias da região.
A companhia possui um passado amigável em relação ao Bitcoin. O fundador do Mercado Livre, Marcos Galperin, afirmou em janeiro que o Bitcoin é uma reserva de valor superior ao próprio ouro.
Comparar o Bitcoin a moeda argentina, que acumula anos de altíssima inflação, chega a ser covardia. No acumulado de 2020, o país alcançou uma inflação de mais de 30%, ainda assim, inferior ao ano de 2019 que ultrapassou os 50%.
Em meio a instabilidade monetária e política, os argentinos estão adotando o Bitcoin como maneira de proteger seu capital contra políticas monetárias irresponsáveis que empobrecem a população.
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