As empresas interessadas em lançar um ETF de Bitcoin nos Estados Unidos ficaram abaladas com os últimos comentários do presidente da SEC, Gary Gensler, sobre o mercado de criptomoedas.
Muitas das empresas que solicitaram recentemente à SEC a aprovação do lançamento de um ETF de Bitcoin, incluindo a Skybridge Capital de Anthony Scaramucci, estavam otimistas de que Gensler – que já havia expressado interesse no setor como um “catalisador para a mudança” – pudesse aprovar o produto financeiro.
Mas em comentários feitos terça-feira no Fórum de Segurança de Aspen, Gensler sinalizou que só estaria aberto para aprovar o ETF sob regras estritas e não necessariamente um que forneça exposição direta ao Bitcoin.
Gensler disse que “estava particularmente ansioso para” a revisão da SEC sobre “ETFs limitados a esses futuros de Bitcoin negociados na CME”. E um ETF de futuros de Bitcoin não é o que o mercado mais deseja.
Gabor Gurbacs, diretor de estratégias de ativos digitais da VanEck, uma empresa de investimento que entrou com um pedido na SEC, disse que uma “exposição física ao ETF de Bitcoin é mais eficiente do que estruturas de fundos baseados em futuros”. Ele afirmou que os contratos futuros são caros para o emissor, caros para os investidores e que, em geral, o mercado futuro é menos líquido do que o mercado à vista, onde os corretores compram e vendem bitcoin diretamente.
Um ETF, ou fundo negociado em bolsa, é uma ferramenta de investimento que permite às pessoas comprarem ações que representam um ativo, como imóveis, ouro ou moedas estrangeiras.
Um ETF da criptomoeda permitiria que os investidores invistam no ativo digital sem ter que se preocupar em comprá-lo e armazená-lo com segurança, o que pode ser complicado para alguns.
A SEC tem relutado em aprovar o instrumento financeiro para investidores dos EUA devido a preocupações com a manipulação do mercado. Mas há evidentemente uma demanda por um ETF no mercado dos Estados Unidos. Várias empresas de alto nível solicitaram a aprovação à SEC, incluindo grandes bancos tradicionais.
Até o momento, apenas Canadá e Brasil aprovaram o ETF de BTC.
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