De acordo com Curtis Ting, diretor sênior da exchange de criptomoedas Kraken, há muitos golpistas no mercado de criptomoedas.
Sendo assim, os investidores de ativos blockchain devem se manter cautelosos.
Ting apontou que há um lugar especial no inferno reservado para os criminosos que tentam roubar dos vulneráveis e dos idosos.
Segundo Ting, se o inferno existe, é para lá que vão os fraudadores do mercado de criptomoedas.
“Eu mesmo sou um ex-funcionário da lei, também tenho dois avós vivos. Francamente, há um lugar especial no inferno reservado para golpistas e fraudadores que tentam roubar os vulneráveis e os idosos”, disse o ex-agente do FBI.
Mas o que motivou essa postura de Ting?
A fala veio logo após o investidor de criptomoedas Graeme Stagg, de 77 anos, perder cerca de US$1 milhão como resultado de um golpe relacionado a ativos digitais.
Para enviar o dinheiro aos criminosos, o ex-militar usou a plataforma da Kraken.
Ting apontou que, com intuito de alertar pessoas de mais idade, a corretora possui controles de identificação de bandeiras.
Além disso, quando a exchange percebe transações realizadas por idosos, ela exige que os indivíduos escrevam uma nota.
No comunicado os investidores precisam informar que os acordos são executados por vontade própria.
“Eles não apenas são sinalizados, mas você também vê certos níveis de valor de transação associados a essas contas, criando um perfil de risco particularmente alto”, informou.
No entanto, esses alertas não foram suficientes para que Stagg desistisse da transação.
O investidor transferiu, em primeiro lugar, US$650.000 para carteiras eletrônicas desconhecidas.
Depois, moveu mais uma quantia que o fez superar o valor de US$1 milhão em valores roubados.
Kraken e a preocupação com a segurança dos colaboradores
Não são apenas os idosos que a Kraken busca proteger no caminho das criptomoedas.
Recentemente, o CEO da exchange de criptoativos, Jesse Powell, anunciou o fechamento da sede na Market Street para sempre.
De acordo com Powell, São Francisco não é seguro, pois os funcionários da Kraken foram perturbados por criminosos.
“Fechamos a sede global da Kraken na Market Street, em São Francisco, depois que vários funcionários foram atacados, assediados e roubados no caminho para o escritório”.
O empresário foi mais além.
“São Francisco não é segura e não estará segura até que tenhamos um promotor público que coloque os direitos dos cidadãos cumpridores da lei acima dos criminosos de rua que ele protege de forma tão inglória”, escreveu Powell no comunicado.
Conforme observado por Powell, os policiais nada tem a ver com esse momento. Afinal, eles são “conhecidos por prender os mesmos infratores dezenas de vezes”.
O porta-voz da empresa apontou que a Kraken trabalha para garantir a segurança da equipe.