Investigado por crimes no âmbito da Operação Lava Jato e com penas somadas que superam 300 anos, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi transferido de presídio na última terça-feira (3).
O motivo de tal transferência se dá pelo encontro de vários objetos estranhos no local em que ele cumpria pena, na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.
Entre os itens encontrados tem-se, inclusive, papéis com anotações de transações com criptomoedas.
A decisão, tomada pela Vara de Execução Penal do Rio, levou o ex-governador ao presídio de segurança máxima de Bangu 1, na capital do Estado. Cabral, inclusive, deve ficar em local onde não tenha contato com antigos comparsas.
De onde vem essas transações de criptomoedas?
Vários itens foram encontrados durante a operação na unidade prisional em que Sérgio Cabral estava preso. Muitos equipamentos eletrônicos foram apreendidos, além de cigarros de maconha e dinheiro em espécie.
Entretanto, o que chamou a atenção dos agentes foram os vários papéis e cadernos em posse de alguns suspeitos. Inclusive, um desses papéis contém informações que os policiais acreditam estar relacionadas a transações de criptomoedas, provavelmente uma senha ou seed de carteira.
Detalhes sobre o que exatamente estava escrito nestes papéis com informações sobre criptomoedas não foram revelados, visto que há uma investigação em curso.
Entretanto, durante entrevista, a defesa do ex-governador Sérgio Cabral disse que os itens encontrados não pertencem a ele.
Portanto, a senha bem como informações das criptomoedas guardadas em tal papel podem ser de outras pessoas.
Estamos falando de paper wallet?
Mesmo com uma quantidade reduzida de informações, são muitas as pessoas que procuram meios de guardar seus dados relacionados à criptomoedas de forma mais segura possível. Por isso, muitos são adeptos as paper wallets, carteiras de papel que podem guardar instruções de acesso a fundos.
Não podemos afirmar se este é realmente o caso. Entretanto, a investigação irá apurar esta informação, bem como se os detentos negociavam criptomoedas também pelos aparelhos eletrônicos que tinham em mãos dentro do presídio.