Na manhã desta terça-feira, a polícia federal e a receita federal realizaram uma grande operação contra a empresa de Criptomoedas Indeal, que atua sem autorização do Banco Central.
Segundo o Jornal NH, a Operação conhecida como “Egypto”, contou com cerca de 150 agentes que cumpriram dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Porto Alegre (3), Novo Hamburgo (13), Esteio (1), Estância Velha (2), Campo Bom (1); Laguna (1) e Florianópolis (1), em Santa Catarina, e em São Paulo (3), capital paulista.
Além de mandatos, ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas também foram expedidos, incluindo dezenas de imóveis e veículos de luxo. O jornal Novo Hamburgo esteve lá e acompanhou toda a operação
Empresa prometia rendimentos de 15% ao mês e arrecadou mais R$ 700 milhões
O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019 para apurar a atuação de uma empresa com sede em Novo Hamburgo que estaria captando recursos de terceiros, sem a autorização dos órgãos competentes, para investimento no mercado de criptomoedas. A empresa assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.
Conforme levantamentos da Receita Federal, uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.
Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.
Indeal e Unick Forex na mira
o Ministério Público Federal (MPF) vem investigando, desde o começo de 2019, possíveis esquemas de pirâmides financeiras em Novo Hamburgo – RS. A Indeal e a Unick Forex são as principais envolvidas na investigação.
Apesar de não ter sido o alvo na operação desta terça-feira, a Unick Forex também vem sendo investigada pelo Ministério público.
A operação Egypto é uma das maiores da história do País em esquemas envolvendo Criptomoedas e foi denominada assim pela similaridade com o termo “cripto” e pelo fato do negócio da empresa ter sido classificado como de “pirâmide financeira”.