David Bailey, CEO da Bitcoin Magazine, conversou recentemente com o portal News.Bitcoin, onde detalhou algumas conversas que teve com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo Bailey, Trump questionou se a dívida do governo dos Estados Unidos de US$ 35 trilhões poderia ser resolvida com o Bitcoin:
“[…] Quando nos conhecemos, a primeira coisa que ele me perguntou foi: ‘Ei, o bitcoin pode fazer alguma coisa em relação à dívida de 35 trilhões de dólares?’ Eu pensei, temos algumas ideias, mas não vamos falar sobre isso na primeira reunião.”
Notavelmente, Trump tem feito declarações positivas sobre a principal criptomoeda, afirmando que o país deve liderar o mercado globalmente:
“Sou muito positivo e aberto às empresas de criptomoedas e a tudo relacionado a esta nova e crescente indústria. Nosso país deve ser o líder nesse campo, não há lugar para ser o segundo”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Details.
Além disso, Trump afirmou que pretende conceder perdão presidencial para Ross Ulbricht, criador do mercado Silk Road, caso seja eleito:
“Ele já cumpriu 11 anos. Vamos levá-lo para casa.”
Trump mudou radicalmente de postura em relação ao Bitcoin. No passado, o bilionário chegou a afirmar que não gostava do bitcoin, pois era apenas outra moeda competindo com o dólar americano.
Nestas eleições, o apoio ao mercado de criptomoedas pode ter um impacto significativo, visto que dezenas de milhões de cidadãos dos EUA investem no setor.
Bitcoin e a dívida dos EUA
Os Estados Unidos são uma das nações mais endividadas do mundo, com mais de US$ 35 trilhões em débito. Potencialmente, esta dívida pode ameaçar de forma grave a economia dos EUA. Um aumento potencial das taxas de juros para conter a inflação inviabilizaria o governo federal de arcar com suas despesas.
Neste contexto, seria fundamental uma redução das despesas, bem como um aumento da poupança. Dessa forma, o governo dos EUA poderia potencialmente alocar recursos em ativos de poupança superiores, como bitcoin e ouro, como forma para aliviar esta tensão causada pela dívida.
Esta ideia também foi explorada pelo candidato democrata Robert F. Kennedy Jr, que sugeriu uma alocação de 1% em bitcoin e em outros ativos fortes:
“Respaldar o dólar e as obrigações da dívida dos EUA com ativos tangíveis poderia ajudar a restaurar a força do dólar, controlar a inflação e dar início a uma nova era de estabilidade financeira, paz e prosperidade nos Estados Unidos.”
“Meu plano seria começar de forma muito, muito moderada; talvez 1% das letras do Tesouro emitidas seriam lastreadas em moedas fortes, ouro, prata, platina ou Bitcoin”, afirmou.