Corretora é hackeada e perde US$ 305 milhões em bitcoin

A DMM Bitcoin, uma das principais corretoras de criptomoedas do Japão, foi roubada em 4502 bitcoins, avaliados em US$ 305 milhões. O hack foi confirmado pela plataforma, que destacou que será capaz de ressarcir os fundos perdidos.

“Tenha certeza de que adquiriremos a quantidade equivalente de bitcoin com o apoio das empresas do grupo e garantiremos o valor total aos usuários”.

A corretora congelou temporariamente os saques, bem como a criação de novas contas para investigar o ocorrido. Não foi dado nenhum prazo para o ressarcimento dos fundos, nem para a volta do funcionamento da plataforma.

Rastros do hacker

Por meio de uma análise da blockchain, é possível verificar o rastro das transações. As moedas foram inicialmente enviadas para uma carteira, e depois distribuídas para 9 endereços, que receberam 500 bitcoins cada.

Provavelmente, o hacker trabalhará para lavar os fundos utilizando técnicas de anonimização. Potencialmente, ele pode utilizar mixers para ofuscar a origem dos fundos.

A posição da corretora ainda não é clara. Em muitos casos de hack, pode ser oferecida uma recompensa para que seja devolvido a maior parte dos fundos. Mesmo com técnicas de anonimato, ainda há a possibilidade do criminoso ser encontrado através de análise avançada da blockchain.

Hacks e auto custódia

Ao longo dos últimos anos, algumas corretoras de criptomoedas passaram por perda de fundos. Em grande parte dos casos, carteiras quentes (conectadas à internet) foram comprometidas, por ação interna de funcionários mal intencionados, ou por atores externos.

Há um entendimento no mercado de que exchanges não são as opções mais seguras para o armazenamento de fundos a longo prazo. Para isso, os investidores podem optar por realizar a auto custódia de criptomoedas. A auto custódia permite que o investidor seja de fato soberano sob a posse do ativo digital.

No entanto, é importante ter conhecimento sobre as principais práticas de auto custódia do mercado, de modo a evitar o roubo ou perda. Carteiras frias (desconectadas da internet) e criadas da forma correta são consideradas extremamente seguras, sendo imunes aos hacks que costumam comprometer as corretoras.