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A Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) da Argentina lançou oficialmente seu Registro de Provedores de Serviços de Ativos Virtuais (VASP), após receber quase uma centena de solicitações de pessoas físicas e jurídicas interessadas em oferecer serviços de negociação de criptomoedas.
A iniciativa busca aumentar a integridade do mercado e prevenir crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, segundo o presidente da CNV, Roberto E. Silva. Até o momento, 35 entidades já obtiveram registro, incluindo quatro plataformas estrangeiras.
A CNV ressalta que entidades que solicitaram registro podem continuar operando enquanto aguardam confirmação, mas as não registradas serão proibidas de atuar até que regularizem sua situação.
A obrigatoriedade do registro, introduzida em março, visa garantir a conformidade do setor com as normas de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
No entanto, a medida gerou controvérsias na comunidade cripto local. Manuel Ferrari, membro da ONG Directive, criticou o registro, argumentando que Bitcoin não é um valor mobiliário e que a regulamentação pode prejudicar a liberdade no espaço cripto.
Max Keiser, maximalista do Bitcoin, também expressou preocupação com as novas regras, afirmando que a falta de compreensão do presidente argentino sobre a criptomoeda pode levar a consequências negativas.