A FTX realizou um acordo com a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).
A decisão, que ainda depende de aprovação judicial, é um complexo arranjo em relação a uma reivindicação de US$4 bilhões da CFTC.
Sob os termos acordados, esse valor será subordinado às reivindicações e juros dos demais credores. Em outras palavras, quaisquer valores que seriam destinados à Comissão serão direcionados a um Fundo Suplementar de Remissão.
A criação desse fundo irá fornecer compensação extra aos investidores lesados pela FTX, mas sua ativação só ocorrerá após todos os credores serem pagos com juros e somente se houver excedente de fundos disponíveis.
Um ponto de destaque do acordo é o reconhecimento de que os credores com investimentos relacionados a criptomoedas foram especialmente prejudicados pelas supostas condutas ilegais da exchange. Esse reconhecimento é atribuído, em parte, ao impacto de mais de 200 declarações de vítimas enviadas ao juiz responsável pelo caso.
Apesar do avanço representado pelo acordo, a medida não passou sem controvérsias. Alguns credores argumentam que a massa falida da FTX está, na prática, utilizando os ativos das vítimas para pagar multas governamentais decorrentes de falsas declarações da empresa à CFTC. Esses credores defendem que as multas deveriam ser pagas somente após a compensação integral das vítimas, aos preços de mercado atuais.