Vladimir Putin, presidente da Rússia, comentou recentemente sobre o mercado de criptomoedas. Na ocasião, Putin destacou que as criptomoedas não são moeda de curso legal, e que a mineração pode estar prejudicando o país devido ao alto consumo energético.
Putin afirmou:
“As criptomoedas podem ser mineradas em quase qualquer ponto do planeta, mas a mineração requer muita eletricidade. Segundo o Ministério da Energia, a Rússia gasta anualmente 16 bilhões de kWh para esse fim, o que representa quase 1,5% do consumo total de eletricidade no país.”
Putin destacou que a Rússia conta com diversas vantagens competitivas para o setor, como clima frio e eletricidade de baixo custo, mas o “crescimento descontrolado do consumo de eletricidade para minerar criptomoedas pode resultar na falta de energia em certas regiões.”
Notavelmente, o Banco Central da Rússia recentemente instou as empresas do país a utilizar ativos digitais e novas tecnologias para burlar as sanções internacionais do ocidente.
No entanto, Putin esclareceu que os ativos digitais não são tem título de dinheiro corrente no país:
“Outra questão é sobre as criptomoedas. Elas não são unidades monetárias no sentido usual, mas estão sendo cada vez mais usadas no mundo como meio de pagamento em transferências internacionais.”
Mineração e alto consumo energético
De fato, a mineração de Bitcoin e de criptomoedas possui alto consumo energético. A atividade tende a se concentrar em locais com baixos custos de eletricidade. Normalmente, este baixo consumo energético é proveniente de uma produção de energia abundante ou de subsídios governamentais.
Uma solução para os problemas russos seria uma integração semelhante à feita no Texas. No estado, os mineradores de BTC firmaram acordos diretamente com as produtoras elétricas, sendo responsáveis por consumir a eletricidade excedente da produção. Em momentos de alta demanda, os mineradores devem desligar os equipamentos.