Marat Tambiyev, membro do Comitê Investigativo da Rússia (ICR), foi condenado a 16 anos de prisão por aceitar um suborno de 1032 bitcoins de um grupo de hackers que estava investigando.
Marat começou a trabalhar no ICR em 2011, e se tornou chefe da divisão investigativa no distrito de Tverskoy. O investigador teria recebido o suborno, avaliado em US$ 65 milhões, do grupo Infraud Organization.
O suborno contribuiu para que os ativos do grupo não fossem confiscados, e para que a prisão de Kirill Samokutyaevsky e Konstantin Bergmanov fosse evitada.
Em uma busca no apartamento de Marat, foi encontrado um Macbook com uma pasta escrita “Pension” contendo as chaves privadas dos 1032 bitcoins. Notavelmente, este é agora o maior suborno da história da Rússia, superando o recorde anterior de 1,4 bilhão de rublos
Marat e sua subordinada, que também foi condenada, alegam inocência. O investigador afirma que foi intencionalmente incriminado. Os advogados de ambos devem entrar com recursos.
Rússia e as criptomoedas
O governo da Rússia conta com uma complexa relação com o mercado de criptomoedas. Por um lado, o governo vem incentivando o uso da classe de ativos no comércio internacional, como forma para burlar as sanções ocidentais.
No entanto, o governo não reconhece as criptomoedas dinheiro corrente em seu território nacional. O país também vem se tornando um importante centro para a mineração de Bitcoin nos últimos anos. O clima frio do país é altamente propício para a atividade, que é intensiva no consumo energético.
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