Presidente do Federal Reserve fala sobre criptomoedas, crédito e taxa de juros nos EUA

Em uma palestra em Minneapolis, o presidente do Federal Reserve local, Neel Kashkari, destacou a importância de manter a flexibilidade nas políticas monetárias à medida que a economia se transforma.

Durante o evento, Kashkari enfatizou que os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) devem ser ágeis na adaptação de suas posturas, fundamentando-se em dados econômicos atuais e em uma compreensão mais apurada das dinâmicas econômicas.

O republicano também alertou que ainda não está claro por quanto tempo as taxas de juros neutras, atualmente elevadas, se manterão nesse nível. Kashkari reforçou que o papel do Fed na redução da inflação é, em grande parte, ancorar as expectativas inflacionárias e não apenas restringir a demanda.

Em sua curta fala sobre criptomoedas, Kashkari afirmou que a maior parte das transações desses ativos está relacionada ao tráfico de drogas.

Crédito nos Estados Unidos

O presidente do Federal Reserve abordou a preocupação com as taxas de inadimplência entre os tomadores de crédito com pontuações baixas. Segundo ele, de modo geral, os consumidores estão em uma situação relativamente boa, mesmo que as economias acumuladas durante a pandemia estejam se esgotando.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, Kashkari destacou que os trabalhadores de baixa renda estão experimentando aumentos salariais recordes, uma tendência positiva que ajuda a nivelar a renda entre os grupos.

No entanto, o político alertou que isso pode acarretar desafios para a economia em geral. Além disso, ele demonstrou surpresa com o fato de que a crise geopolítica em curso não impactou os preços do petróleo, elemento importante nas tendências de inflação.

O que esperar das taxas de juros nos EUA?

O presidente do Fed indicou que cortes moderados nas taxas de juros podem ser viáveis nos próximos trimestres se o mercado de trabalho mostrar sinais de enfraquecimento de forma acentuada.

Kashkari enfatizou que o Fed acompanhará de perto todos os dados econômicos disponíveis para orientar futuras decisões sobre as taxas de juros, destacando a importância de uma abordagem baseada em dados. Ele também mencionou que um crescente déficit orçamentário federal pode pressionar as taxas de juros para cima a longo prazo.