O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu o pedido da defesa da influenciadora digital Deolane Bezerra, desobrigando-a de participar da CPI da Manipulação de Resultados no Futebol.
Caso decida comparecer ao Senado, a advogada poderá optar por se manter em silêncio, um direito assegurado por Mendonça na decisão, que destaca a garantia constitucional de não autoincriminação.
A convocação de Deolane para a CPI foi solicitada pelo senador Eduardo Girão (Novo-MA), que acredita na relevância de seu testemunho para as investigações sobre manipulação de resultados. No entanto, a defesa da influenciadora argumentou com sucesso que a presença dela não é essencial.
O caso Deolane
A influenciadora é alvo da Operação Integration, ação conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e apostas ilegais.
No início de setembro, Deolane foi detida sob suspeita de envolvimento em atividades ilícitas, supostamente realizando operações financeiras com recursos obtidos de apostas ilegais.
A investigação apurou que, entre janeiro de 2019 e maio de 2023, R$ 3 bilhões foram movimentados em contas bancárias e aplicações financeiras vinculadas ao esquema.
A advogada passou para o regime de prisão domiciliar em 23 de setembro, mas com restrições determinadas pela Justiça.
A mãe de Deolane, Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma Esportes da Sorte, também foram detidos por possível envolvimento nas atividades investigadas.