De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, houve uma melhora no cenário do mercado de trabalho brasileiro.
No trimestre que se encerrou em setembro de 2024, a taxa de desemprego caiu para 6,4%, sendo a segunda menor já registrada desde o início da série histórica, em 2012. Essa taxa é superada apenas pela registrada no final de 2013.
Quando comparado ao trimestre anterior, que abrangeu abril a junho de 2024, houve uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p), além de uma queda de 1,3 p.p em relação ao mesmo período do ano passado.
A população desocupada, que corresponde às pessoas em busca de trabalho, atingiu 7 milhões, o menor índice desde janeiro de 2015. Em consequência disso, o total de trabalhadores no Brasil alcançou um recorde histórico, somando 103 milhões de pessoas.
Embora os dados sejam positivos, eles vieram abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma taxa de desemprego de 6,5%.
Motivos para a queda
Segundo o IBGE, houve uma diminuição de 7,2% no número de desocupados em comparação com o trimestre anterior, o que representa 541 mil pessoas a menos buscando emprego. Na comparação anual, essa redução foi ainda mais expressiva, com uma queda de 15,8%, o que corresponde a 1,3 milhão de pessoas.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do instituto, destacou que essa tendência de queda na desocupação é impulsionada pela demanda por trabalhadores em diversas áreas da economia.
Além disso, o aumento no total de trabalhadores também é um sinal positivo. O Brasil registrou um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, o que representa 1,2 milhão de novos empregos.