Corretora faz prova de reservas e reporta US$ 21 bilhões em ativos

A The Network Firm, uma grande empresa de contabilidade, foi contratada para atestar as reservas de criptomoedas da Kraken, uma das maiores corretoras dos Estados Unidos. 

A auditoria comprovou que a instituição conta com cerca de US$ 21,5 bilhões em criptomoedas, que são custodiados em nome de seus clientes. A auditoria cobriu ativos variados, como BTC, ETH, SOL, USDC, USDT e XRP.

A auditoria de reservas é uma boa prática adotada por diversas corretoras de criptomoedas. Isso garante que a empresa realmente possui os ativos que afirma manter.

Comprovar reservas é simples no mercado de criptomoedas. Tudo que a empresa precisa fazer é realizar a assinatura dos endereços contendo as moedas. Como as principais blockchains do mercado são públicas e transparentes, é fácil contabilizar as moedas.

Por sua vez, a assinatura dos endereços fornece uma prova criptográfica de que a empresa controla os endereços. Em redes blockchain, somente quem possui as chaves privadas de um endereço pode movimentar as moedas e realizar assinaturas.

Ainda assim, este é um processo delicado. Normalmente, as moedas de corretoras são armazenadas em endereços frios com múltiplas assinaturas. Isso significa que é necessário lidar com chaves privadas sensíveis em servidores offline para realizar a auditoria.

Esta prática é fundamental para atestar a segurança das corretoras. Ao longo dos anos, diversas exchanges de criptomoedas perderam moedas de clientes por motivos variados, como erros contábeis, hacks ou fraudes.

Abertura de capital

Há alguns anos a Kraken vem estudando uma abertura de capital. Caso abra capital nos Estados Unidos, a empresa seria a segunda corretora de criptomoedas no país a realizar este feito.

A Coinbase foi a primeira corretora a abrir capital nos EUA. Em 2021, a companhia foi avaliada em mais de US$ 100 bilhões. Caso fosse um banco, a Coinbase já seria um dos maiores do mundo.

Caso abra capital, a Kraken provavelmente seria avaliada em dezenas de bilhões de dólares. Em contrapartida, diversas mineradoras de Bitcoin abriram capital nos EUA nos últimos anos.