O mercado financeiro ajustou suas previsões para a inflação brasileira, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando um aumento na estimativa para este ano, passando de 4,62% para 4,64%. Essa atualização foi divulgada no novo Boletim Focus.
Para 2025, a expectativa de inflação também foi ajustada, passando de 4,1% para 4,12%. Já as projeções para 2026 e 2027 apontam para uma desaceleração, com a inflação prevista para 3,7% e 3,5%, respectivamente.
No entanto, a expectativa para 2024 ainda está acima do limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 4,5%.
Conforme observado pela Agência Brasil, a partir de 2025, o sistema de meta contínua será implementado. Sendo assim, o CMN não precisará mais definir a meta de inflação anualmente, estabelecendo um centro de 3% com margem de 1,5%.
Inflação e taxa Selic
Em outubro, a inflação mensal foi de 0,56%, impulsionada pelos gastos com habitação e alimentos. O IPCA acumulou uma variação de 4,76% nos últimos 12 meses.
Para controlar a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano.
A alta da Selic é uma tentativa de conter os efeitos da inflação e das incertezas econômicas globais. O Comitê de Política Monetária (Copom) já havia reduzido a taxa, mas voltou a aumentá-la em setembro.
As projeções para a Selic mostram que ela deve encerrar 2024 em 11,75% e pode alcançar 12% ao ano em 2025, antes de começar a reduzir novamente nos anos seguintes.
Expectativa para o PIB
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2024 foi mantida em 3,1%. O desempenho no segundo trimestre deste ano, com um crescimento de 1,4% em relação ao primeiro, alimenta as projeções positivas para o futuro.
Em 2025, o crescimento esperado é de 1,94%, com uma expansão de 2% projetada para 2026 e 2027. Para o câmbio, a previsão é que o dólar feche 2024 cotado a R$ 5,60, e em 2025, o valor pode cair para R$ 5,50.