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A economia mundial pode colapsar em junho, alerta economista. Para onde iria o Bitcoin?

A economial mundial pode colapsar. O que aconteceria com o Bitcoin?

Henry Dent, um popular economista e colunista financeiro dos Estados Unidos, reconhecido pelo seu brilhante livro de 2009, ‘Uma Grande Depressão a Frente’, está alertando desde abril que uma iminente crise financeira devastadora poderia começar em junho deste ano. Nesse cenário, o que aconteceria com o Bitcoin?

Crises financeiras são eventos cíclicos na economia mundial. Os eventos que a precedem costumam ter bastante semelhança entre si, deste modo, os economistas conseguem prever os sinais de bolhas financeiras que podem vir a colapsar com a chegada de um crash.

Apesar de serem eventos econômicos e sociais cíclicos, a chegada de uma grande crise costuma ser sempre devastadora, com bilhões ou mesmo trilhões de dólares em valor sumindo da economia mundial do dia para a noite.

Corrida aos bancos e aos supermercados, calotes de dívidas, contratos e acordos sendo rompidos, investimentos sendo paralisados, quebra de empresas e demissões são eventos comuns durante o ápice de uma grave crise.

Henry Dent, que há anos alerta sobre uma inevitável quebra da economia mundial, está prevendo que “um grande colapso está chegando” para o ano de 2021, mais especificamente para o final de junho.

“Essa coisa vai ser um inferno. Pode ser o maior crash de todos os tempos.”

Para ele, o mercado de ações, bem como o de títulos de dívidas e o setor imobiliário podem vir a colapsar nos próximos 2 anos.

Vale ressaltar que esse tipo de previsão pode ter uma defasagem de tempo. O próprio Michael Burry, conhecido por prever o crash de 2008, quase levou a falência o seu fundo hedge ao apostar no crash antes do momento certo.

De fato, a quebra do mercado quase ocorreu em março do ano passado, e foi imediatamente impedido pelas políticas de afrouxamento monetário (Quantitative Easy -QE-) do Federal Reserve e de outros bancos centrais ao redor do mundo.

Outros economistas alertam para o mesmo cenário, como o proeminente gestor financeiro Jonathan Ruffer:

“Acho que o mercado altista de 40 anos está acabando e será substituído por tempos de investimento difícil . ” 

De modo semelhante, Michael Burry, que conseguiu prever a crise de 2008, está apostando fortemente em um cenário de hiperinflação nos Estados Unidos, bem como tem realizado shorts no mercado de ações, especificamente contra as ações da Tesla.

Leia mais: Investidor que previu crise de 2008 revela aposta na inflação e short massivo contra a Tesla

Corrida ao Bitcoin, o ouro digital

Em momentos de crise, especialmente em cenários de alta inflação, ativos escassos, como ouro, prata e commodities são escolhidos como ativos alternativos, pois dão proteção aos investidores em uma crise financeira.

Agora, o ouro digital, o Bitcoin, um ativo sem precedentes na história da humanidade, pode ocupar o lugar do ouro como um porto seguro em meio a grande crise mundial.

Contudo, vale ressaltar que tanto o BTC quanto o metal precioso são correlacionados com o mercado de ações no curto prazo. Em março do ano passado, durante o colapso do mercado, vimos tanto o ouro quanto a criptomoeda desabarem fortemente em um curto período de tempo.

Este evento ocorre devido à chamada ‘crise de liquidez’, onde instituições financeiras, indivíduos e empresas, durante a queda do mercado, realizam uma venda de pânico, seja para honrar com compromissos financeiros ou para se proteger de maiores quedas.

Porém, é possível que vejamos algo como uma ‘corrida do ouro’, só que digitalmente, com instituições acumulando bitcoins como forma de proteção de longo prazo, visto que o sistema financeiro centralizado tradicional estaria colapsando enquanto governos muito provavelmente continuariam a injetar liquidez na economia, enfraquecendo ainda mais as moedas fiduciárias.

A alavancagem de players institucionais no Bitcoin já está sendo chamada de ‘nova corrida ao ouro’ por alguns economistas:

“O que a MicroStrategy fez não é muito diferente do que os grandes industriais alemães fizeram quando começaram a ver a desvalorização da moeda antes da hiperinflação. Não estou prevendo que a hiperinflação vai chegar, estou apenas dizendo que há uma analogia histórica e temos várias empresas de tecnologia [fazendo o mesmo]”, afirmou Caitlin Long, CEO e fundadora do Avanti Bank & Trust.

Você estaria preparado para uma nova crise de 1929? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo.

Leia mais: O Stock-to-Flow, o modelo de previsão do Bitcoin, está próximo de falhar pela primeira vez?

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