O mercado de criptomoedas enfrenta um dia turbulento, com a maior queda desde o colapso da FTX em novembro de 2022. O bitcoin chegou a ser negociado a US$49.000 na Binance, resultado de uma queda de 15% nas últimas 24 horas. Outras criptos importantes também foram negociadas no vermelho, com o Ethereum caindo 20,4% e a BNB 20%.
Apesar disso, o analista Alex Krüger acredita que a situação poderia ser ainda pior. Segundo ele, a crise não é resultado de fatores internos ao mercado de blockchain, mas sim de políticas macroeconômicas, principalmente as divergências entre as políticas monetárias do Federal Reserve e do Banco do Japão.
Krüger destaca a correlação entre a queda das criptomoedas e eventos financeiros globais, como a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos e a abertura do índice Nikkei no Japão. Ele ressalta que uma crise financeira impulsionada por especuladores japoneses alavancados seria preferível a uma crise desencadeada por uma recessão nos EUA.
Além disso, o analista destaca a importância dos próximos dados econômicos do país norte-americano, em particular os indicadores do mercado de trabalho, para avaliar o futuro do mercado cripto. Na visão de Krüger, a situação atual não é tão grave quanto poderia ser, pois a crise não foi desencadeada por um cenário de pouso forçado da economia.