Enquanto Sam Bankman-Fried (SBF) curte sua prisão domiciliar, mais desdobramentos sobre a exchange de criptomoedas falida FTX surgem. A antiga plataforma de negociação cripto pagou um adiantamento de US$12 milhões a um escritório de advocacia antes de decretar falência.
SBF entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11 no início de novembro de 2022. Na época, ele assumiu que estava muito triste de ter precisado dar esse passo.
No entanto, o mesmo sentimento não deve ter ocorrido enquanto o mesmo estava utilizando dinheiro dos clientes da FTX para ajudar a empresa de trading Alameda Research ou comprar propriedades nas Bahamas.
Logo após o decreto de falência do império de SBF, o antigo bilionário renunciou ao cargo de CEO, que foi substituído por John J. Ray III.
Ray é figura carimbada do mercado tradicional. Isso porque ele já trabalhou na reestruturação de empresas com falência decretada, como a Enron Corporation.
Como resultado da saída de SBF, os usuários da antiga exchange também perderam acesso aos seus fundos que ainda estavam na plataforma cripto.
S&C recebe US$12.5 milhões da FTX
A informação de que o dinheiro foi enviado para o escritório Sullivan & Cromwell LLP (S&C) veio através do processo judicial datado de 21 de dezembro. Em suma, a quantia milionária foi enviada por intermédio da West Realm Shires Services Inc, mas chegou em nome da FTX.
Como era de se esperar, isso não é tudo. Afinal, desde de agosto, a conhecida exchange cripto pagou cerca de US$3.5 milhões à S&C. Ou seja, a empresa que era comandada por SBF teria pago uma quantia de US$15.5 milhões para aproveitar e contratar os serviços jurídicos do escritório de advogados.
Segundo as informações do documento citado, a S&C ainda detém US$9 milhões da quantia enviada pela FTX e declarou que “trabalhará em estreita colaboração com outros profissionais que venham a ser contratados pelos devedores”.