Os argentinos estão se voltando para as stablecoins para proteger suas economias à medida que a moeda local perde valor.
De acordo com relatórios locais, várias exchanges de criptomoedas registraram um aumento em seus volumes de negociação de até 500% após forte desvalorização do peso argentino, que ocorreu depois dos resultados das eleições primárias.
As stablecoins, nesse caso, dão aos argentinos a vantagem de ter alta disponibilidade em relação ao dólar físico, oferecendo mais possibilidades de negociação nos mercados online.
Mercados peer-to-peer (P2P) mais estabelecidos como a Paxful também registraram crescimento de volume. Embora essas plataformas não ofereçam números oficiais, as fontes de negociação de criptomoedas estimaram que suas operações cresceram 500%.
A alta demanda por dólares digitais fez com que as exchanges e operadoras comprassem stablecoins a preços superiores à taxa de câmbio paralela no mercado argentino. Isso fez com que algumas stablecoins fossem negociadas a preços mais altos do que os dólares físicos.
O USDT, maior stablecoin do mercado de criptomoedas, também é o criptoativo mais utilizado no país, segundo fontes do mercado de comércio exterior argentino.
O USDT também serve a outro propósito além de ser usado como proteção contra a inflação e desvalorização na Argentina. Um empresário cripto detalhou que o USDT estava sendo usado como moeda de liquidação, dados os problemas que os importadores argentinos enfrentam para obter acesso a moeda estrangeira.
“Muitas importações e exportações são liquidadas em parte com USDT devido à falta de acesso a moedas. Eles também o usam como hedge porque hoje não há preços de referência: eles não sabem quanto pagarão pelos suprimentos necessários.”