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Atlas Quantum: Bitcoins vendidos a um valor 70% mais baixo que o mercado geram prejuízo aos clientes

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Com saques travados na plataforma desde agosto, a Atlas Quantum começou a oferecer bitcoins com ‘desconto’ de até 70% nesta segunda-feira (21). Os saques, no entanto, só poderão ser feitos em reais.

Trata-se de uma promessa feita pelo CEO da empresa, Rodrigo Marques, na semana passada. Na prática, clientes que quiserem sacar seus bitcoins em reais precisarão se contentar apenas com uma fração do valor devido pela empresa.

De acordo com o Portal do Bitcoin, os preços de negociação na plataforma variam entre 50% e 70% menor do que o valor de mercado do bitcoin, e cada pessoa pode vender apenas 0.05 BTC por dia.

Na tarde de hoje, o preço caiu de R$ 21 mil por bitcoin para R$ 9.800 às 15h40, horário de Brasília, desde que a opção de saque foi habilitada. A empresa alega que o preço é definido pela oferta e demanda.

Contudo, os clientes não têm como saber se conseguirão sacar esses BTCs se comprarem. A empresa alega estar trabalhando na normalização nas contas das exchanges e diz que não pode estipular prazos.

Quanto aos saques em reais, o prazo para pagamento é de até três dias úteis, segundo a Atlas.

A empresa, que foi proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de oferecer serviços de arbitragem no Brasil, parou de anunciar o serviço em seu site, mas os bitcoins de clientes na plataforma passam a “render” a porcentagem da arbitragem.

Sendo assim, embora a empresa tenha deixado de divulgar o serviço, a arbitragem continua acontecendo.

Na última quarta-feira (16), Rodrigo Marques declarou em uma live que vai pagar os saques através da captação de valores de novos clientes.

A empresa está com mais de 7.500 bitcoins de clientes presos na plataforma e recentemente divulgou um vídeo manipulado visando comprovar a existência dos fundos da empresa nas exchanges HitBTC e Gate.io. No entanto, as mesmas desmentiram a alegação da empresa.

A CPI das Criptomoedas, de autoria do Deputado Federal Aureo Ribeiro, vai investigar a empresa que também foi proibida pela CVM de realizar ofertas de investimento.

Na justificativa, o deputado declarou que “diversos investidores de boa-fé estão tendo vultosas perdas financeiras” decorrentes de negócios fraudulentos que captam investimentos com promessas de altos retornos.

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