O dia de hoje começou com uma grande turbulência no mundo do Bitcoin. Mais de US$1 bilhão da criptomoeda mais popular do momento deixou a Coinbase para carteiras desconhecidas.
De acordo com Whale Alert, foram realizadas 36 transações distintas, cada uma avaliada entre 351 e 391 Bitcoins, entre 16h e 17h UTC.
Na noite passada, o Whale Alert twittou que 4.501 BTC tinham deixado a Coinbase por uma carteira desconhecida, o que significa que nas últimas 24 horas mais de US$1 bilhão em criptomoedas foram transferidos da Coinbase. Entretanto, ainda não se sabe se as transações estão relacionadas ou não.
O que está acontecendo?
Questionamentos sobre o que está acontecendo estão chegando de todos os lados. Muitas teorias estão sendo levantadas, como alguém remoldando suas carteiras ou um esquema de lavagem de dinheiro. É difícil dizer, pois o transferidor protegeu muito bem sua privacidade, gerando um novo endereço para cada transação.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que um grande movimento como este acontece na Coinbase neste ano.
Em 31 de janeiro, mais de 15.200 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$500 milhões na época, foram transferidos do Coinbase Pro. Naquele momento, o CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, disse em entrevista que o atribuiu às negociações de balcão de HODLers institucionais, dizendo: “Eu acredito que este é o sinal de alta mais forte.”
Uma corrida de touro movida por instituições
Aqueles que acompanharam as notícias do mercado das criptomoedas nas últimas duas semanas devem estar ligados que o Bitcoin ultrapassou vários marcos. Em primeiro lugar, a Tesla revelou que comprou US$1,5 bilhão em Bitcoin.
Supondo que a Tesla ainda não tenha vendido nenhuma quantia da moeda digital, a empresa de carros elétricos de Elon Musk terá lucrado mais com essa compra do que com as vendas dos seus carros no ano passado.
Outro grande interesse institucional veio da empresa de gestão de ativos BlackRock, cujo CIO Rick Rieder anunciou que a empresa está investindo parte do dinheiro de US$8,67 trilhões de seus clientes em Bitcoin.
A BlackRock não é a primeira empresa de gestão de ativos a fazer isso. O Guggenheim também entrou para o time de investidores de criptomoedas, com seu CIO atualizando este mês sua projeção de preço do Bitcoin para US$600.000.
Além disso, o BNY Mellon, um dos bancos mais antigos da América, fez um anúncio na semana passada afirmando que acrescentaria serviços de gerenciamento de ativos criptográficos para seus clientes.
Por último, Michael Saylor anunciou que sua empresa MicroStrategy venderá US$1,05 bilhão em títulos de dívida para comprar mais Bitcoins.
Em meio a tantas opções e suspeitas, quem é a baleia da vez?