O JPMogan, o maior banco do mundo, publicou uma nota na quinta-feira, detalhando que o preço do bitcoin poderia cair para a faixa dos US$ 42 mil após o halving, evento que ocorrerá em abril.
O halving é um evento que ocorre na rede Bitcoin a cada 210 mil blocos minerados, cerca de 4 anos. No halving, a emissão de novas moedas é reduzida pela metade, tornando a criptomoeda um ativo mais escasso. No próximo halving, a emissão de bitcoins cairá de 6,25 btc por bloco para 3,125 btc.
Historicamente, o halving tem sido um catalisador para o preço do bitcoin, que tende a se valorizar com a diminuição da emissão. No entanto, o JP Morgan acredita que uma queda deve ocorrer no preço após esse halving, ao menos no curto prazo.
Segundo a instituição, o custo de produção de 1 bitcoin é de atualmente US$ 26 mil por moeda. Este custo é variável, a depender da mineradora analisada. Quando o halving ocorrer, este custo de mineração vai dobrar, visto que a emissão de novas moedas cairá pela metade. Aliado a um aumento na dificuldade de mineração, algumas mineradoras deverão se tornar inviáveis economicamente.
Dessa forma, o JPMoragan acredita que haverá uma redução de 20% no hashrate do Bitcoin, o que poderia fazer o preço cair proporcionalmente no curto prazo.
“Isso reduziria efetivamente o ponto central de nossa faixa de custos de produção estimados para US$ 42 mil. Esta estimativa de US$ 42 mil também é o nível que imaginamos que os preços do bitcoin irão se aproximar quando a euforia induzida pelo halving diminuir em abril”, afirmou a instituição.
No entanto, esta saída de mineradores do mercado pode não ocorrer, caso o preço da criptomoeda dispare a partir daqui. Isso pode ocorrer devido a uma maior demanda pelo ativo digital, que é motivada por uma série de fatores externos à mineração.