Arthur Hayes, cofundador e ex-CEO da exchange de criptomoedas BitMEX, acredita que o bitcoin (BTC) será escolhido pela inteligência artificial (IA) como moeda para suas atividades econômicas no futuro.
Em um longo ensaio no Substack publicado em 7 de julho, o empresário americano expôs as razões de sua crença, apresentando argumentos e conclusões para provar que o sistema financeiro tradicional é insustentável para economias movidas a IA.
Abordando as necessidades financeiras da IA, Hayes postulou que tais máquinas precisam usar um sistema de pagamentos digitais baseado em blockchain que está disponível o tempo todo e é totalmente automatizado.
O sistema bancário tradicional, que funciona principalmente quando os humanos estão acordados e é dividido entre regiões geográficas, não seria uma boa opção.
Um sistema baseado em blockchain, com suas regras definidas em código claro e transparente, permitiria que máquinas de IA pagassem seus provedores de dados e recebessem o mesmo por seus serviços.
Para que qualquer moeda seja adequada para economias movidas a IA, Hayes explicou que elas devem ter um suprimento finito, ser resistentes à censura e possuir poder de compra de energia.
Por outro lado, as moedas dos governos têm uma oferta infinita em suas formas físicas e digitais, pois os governos controlam sua emissão. A supervisão centralizada torna a censura da moeda não resistente, e seu valor é colocado mais na política do governo do que em sua riqueza natural de energia.
Por fim, o bitcoin tem um suprimento finito de 21 milhões de moedas. No entanto, devido à sua rede descentralizada, o ativo é puramente digital e resistente à censura. Como novos bitcoins só podem ser criados por meio de computadores, o custo da eletricidade define seu valor ao longo do tempo.
“Bitcoin é, portanto, a escolha lógica de moeda para qualquer IA. É puramente digital, resistente à censura, comprovadamente escasso e seu valor intrínseco é totalmente dependente do custo da eletricidade. Não há nada hoje que chegue perto de desafiar o Bitcoin nesses aspectos”, afirmou Hayes.