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Bitcoin vai se beneficiar da nova ordem financeira mundial, afirma Credit Suisse

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O Credit Suisse – um banco de investimento global com sede na Suíça – divulgou um relatório prevendo mudanças radicais no sistema monetário global, que devem beneficiar o Bitcoin (BTC)

Dada a dinâmica da inflação ocidental e as tensões geopolíticas do leste, o banco multinacional espera que surja uma “nova ordem monetária mundial” baseada em moedas lastreadas em commodities.

A análise do estrategista de investimentos Zoltan Pozsar foi intitulada “Bretton Woods III”, remetendo ao acordo de Bretton Woods de 1944.

O acordo – estabelecido entre 144 delegados de 44 países – atrelou o valor do dólar americano ao do ouro, e todas as outras moedas ao valor do dólar. 

Quando o acordo entrou em colapso em 1971, o mundo entrou na era do dinheiro fiduciário que Pozsar chama de “Bretton Woods II”.

O chamado “Bretton Woods III” supostamente dará início a outra era apoiada por “dinheiro externo”, como barras de ouro e outras commodities.

“Uma crise está se desenrolando. Uma crise de commodities. As commodities são garantias, e garantias são dinheiro, e esta crise é sobre o crescente fascínio do dinheiro externo sobre o dinheiro interno.” – Afirmou o analista

Pozsar explica que as commodities estão ficando muito mais caras devido à Rússia – o maior produtor mundial de commodities – ter sido sancionada pelo Ocidente nas últimas semanas. 

Além disso, o mercado de commodities está “muito mais alavancado” agora do que durante a crise de abastecimento da OPEP de 1973.

O inverso pode ser dito para as commodities russas que, como a moeda russa, estão entrando em colapso por falta de demanda. Portanto, aqueles que estão vendidos em commodities russas e estão longs em futuros estão recebendo chamadas de margem.

A principal preocupação do banco é que as commodities em todo o mundo não estão mais sendo negociadas ao par – semelhante à forma como as hipotecas pararam de ser negociadas ao par antes da crise financeira global de 2008.

O analista também argumenta que, ao contrário de 2008, os bancos centrais ocidentais não podem impedir o “spread de commodities”, já que são eles que impõem as sanções em primeiro lugar. Assim, os que serão incentivados a arbitrar o spread são os aliados russos: o Banco Popular da China (PBOC).

Isso teoricamente dará ao PBOC controle sobre a inflação na China, ao mesmo tempo em que provoca uma recessão e escassez de commodities nos EUA. 

Como tal, o renminbi deixará esta crise e guerra como uma moeda muito mais forte apoiada por commodities, enquanto a inflação do dólar americano o deixa muito mais fraco e menos confiável como a moeda de reserva mundial.

No momento, a inflação do dólar já está em seu nível mais alto em 40 anos, com o IPC de janeiro mostrando um aumento de preços de 7,5% ano a ano.

A carta conclui que o dinheiro nunca mais será o mesmo quando a guerra Rússia-Ucraniana terminar. 

O texto também faz a curiosa afirmação de que o Bitcoin provavelmente se beneficiará do caos. O Bitcoin tem um limite de fornecimento de 21 milhões de moedas, pode ser transferido globalmente e não é controlado por nenhuma parte ou estado-nação.

Alguns esperam essa mudança de paradigma há muito tempo, incluindo Jack Dorsey, que afirmou no ano passado que o Bitcoin substituirá o dólar.

Leia mais: Lugano, na Suíça, segue El Salvador e adota Bitcoin como moeda legal

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