A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, planeja lançar um fundo negociado em bolsa (ETF) que se concentrará em empresas voltadas para a tecnologia blockchain.
De acordo com um registro da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a companhia, que gerencia hoje cerca de US$ 9,5 trilhões em ativos, está procurando criar o iShares Blockchain and Tech ETF, que visa rastrear o NYSE FactSet Global Blockchain Technologies Index.
O índice acompanha o desempenho das ações emitidas por empresas envolvidas no “desenvolvimento, inovação e utilização de tecnologias blockchain e cripto”.
O fundo planeja investir em empresas focadas em mineração de Bitcoin, exchanges de criptomoedas e sistemas de mineração.
No entanto, os nomes das empresas incluídas no índice não foram revelados.
O documento também revela que o novo fundo planeja investir 80% de seus ativos em ações que estão incluídas no índice e 20% de seus ativos em futuros, opções, contratos de swap e dinheiro.
De acordo com o documento, o fundo não investirá diretamente em cripto-ativos ou indiretamente por meio de derivativos.
No ano passado, o executivo-chefe da BlackRock, Larry Fink, mudou sua opinião sobre o mercado, afirmando que o setor tem potencial para se tornar uma “grande classe de ativos”.
“Ainda estou fascinado com isso. Estou encorajado por quantas pessoas estão se concentrando nisso. Estou animado com a narrativa de que pode se tornar uma grande classe de ativos.”
Em 2017, Fink se referiu ao Bitcoin como “um índice para lavagem de dinheiro”.
Desde então, o mercado passou por uma onda de adoção institucional, marcado pela entrada de diversas empresas e instituições do mercado financeiro tradicional.
Segundo o site Bitcoin Treasuries, a Black Rock possui hoje 6,15 bitcoins sob posse, provenientes da negociação de futuros de Bitcoin no ano passado.
A partir da queda do mercado de abril de 2021, a adoção institucional do BTC parece ter desacelerado, com a compra de bitcoin por parte de grandes empresas e fundos financeiros diminuindo de maneira significativa.
A entrada da BlackRock pode ser um importante marco institucional para o mercado, dado o seu porte e influência no mundo financeiro.
O ETF agora aguarda aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regulamenta o setor financeiro do país.
A instituição tem negado recorrentemente os pedidos para a criação de um ETF spot de Bitcoin desde 2013.
Em 2021, a SEC aprovou o primeiro ETF de Bitcoin voltado para o mercado futuro.
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