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Bloqueio de saques em bancos chineses geram protestos pelo país

Diversos protestos vêm ocorrendo em diferentes regiões da China, após bancos locais do país impedirem os saques em dinheiro de seus clientes. Segundo informações, cerca de US$ 1,49 bilhão em depósitos estão bloqueados pelos bancos, demonstrando que as instituições começam a dar sinais de insolvência financeira.

Até o momento, três brancos regionais chineses impediram seus clientes de sacarem valores, travando seus serviços ao público. O que motivou protestos na província de Henan e em outros locais. Conforme informações, a irregularidade dos saques acontece desde o final de abril.

Os nomes dos bancos envolvidos são: Yu Zhou Xin Min Sheng Village Bank, Shangcai Huimin County Bank e o Zhecheng Huanghuai Community Bank. No total, 10 bilhões de yuans, equivalente a US$ 1,49 bilhão em depósitos, seguem congelados nos três bancos.

A impossibilidade de acesso a qualquer serviço bancário é um dos relatos vindos dos clientes desses bancos, o que inclui até os aplicativos das instituições.

A oferta de mais de 2% de retorno mensal na poupança, ofertada pelas empresas, é uma das maiores críticas ouvidas, pois atrai depósitos com alto risco de recompensa, algo incomum para produtos financeiros desse tipo.

“Um amigo recomendou o banco citando suas altas taxas de juros (mas) não consigo acessar o aplicativo agora”, disse um homem de Xangai que tem uma conta no Yu Zhou Xin Min Sheng Village Bank. Ele depositou 2 milhões de yuans por meio do aplicativo do banco anteriormente.

Muitos estão denunciando as entidades envolvidas ao Banco Central da China pois, conforme informam os investidores, os bancos estão até mesmo afirmando que não há depósito dos clientes. O Banco Central do país asiático afirmou já estar investigando o caso.

“Quando liguei para eles em 19 de abril para perguntar sobre a retirada do meu dinheiro, eles disseram que não tinham depósitos em meu nome. O Banco Popular da China disse que já estava investigando o assunto quando eu fiz a denuncia.”, disse um dos clientes.

Crise bancária e econômica geram protestos

Desde 2018, bancos comerciais rurais de pequeno e médio porte receberam US$ 389,89 trilhões em empréstimos, providos pelo governo chinês. Esse valor é maior que os últimos 10 anos juntos, indicando que a crise dos bancos comerciais chineses já dava sinais há alguns anos.

Durante a pandemia essa crise deu uma “pausa”, porém com o retorno das atividades econômicas, ela ganhou força novamente. Somado a isso, a menor taxa de crescimento da China nas últimas décadas, completa a caracterização de uma crise financeira no país.

O Yuan possui seu valor muito atrelado ao dólar, e essa correlação pode afetar muito a economia chinesa caso a crise continue. Desvalorizando cada vez mais sua moeda em comparação à norte-americana, levando a uma inflação em espiral fora de controle.

Falta de opções de investimento agrava a crise

A China desincentivou diversas formas de produtos financeiros do país, dirimindo substancialmente as opções. O bitcoin e as criptomoedas são um exemplo, já que desde 2016 e praticamente baniu a criptomoeda de seu território, porém não o conseguiu de maneira efetiva.

Essa escolha fez seus habitantes concentrarem seus investimentos nos bancos, pois a falta de opções de investimentos gerou esse fato. Porém, como pode ser observado, decisões como essas amplificam a dimensão de uma crise como essa.

Uma bolha financeira pode estar ocorrendo, partindo de seus bancos, se ela estourar, pode ocasionar problemas bem maiores para seus investidores.

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