Brasil ‘enfrentará consequências’ se permitir chinesa Huawei no 5G, diz embaixador dos EUA

Todd Chapman, embaixador dos Estados Unidos (EUA), afirma que o Brasil enfrentará “consequências” se permitir que a gigante chinesa de tecnologia Huawei forneça equipamentos para a rede 5G no leilão que deve acontecer em 2021.

Ao jornal O Globo, o diplomata menosprezou os investimentos da China aqui no Brasil e citou anúncios de companhias estadunidenses nas últimas semanas, no que evidencia o que especialistas chamam de “nova guerra fria” sobre a ofensiva global dos EUA contra o avanço da China, segunda maior economia do mundo.

Chapman sugeriu que o impacto econômico em território nacional será negativo caso a Huawei seja mantida e que empresas americanas poderiam deixar de investir no Brasil.

O motivo, segundo ele, é a preocupação acerca da segurança da propriedade intelectual dos usuários.

“Muitos países já decidiram excluir a Huawei por questão de segurança, como Austrália, Japão e Inglaterra, por exemplo. E esse número é crescente porque mais pessoas estão fazendo a mesma análise, vendo o comportamento da Huawei de roubar propriedade intelectual. A Inglaterra disse que vai tirar tudo da Huawei de seu sistema nos próximos anos”, argumentou o diplomata dos EUA que já impôs restrições a Huawei e agora pressiona seus aliados.

Por outro lado, chineses negam que pretendam usar a empresa privada para espionagem. Li Yang, cônsul chinês no Rio, disse na semana passada que os EUA estão contra a Huawei porque ficaram para trás no setor.

Brasil sofrerá consequências

Ao ser questionado pelo jornal sobre represália por parte dos EUA caso o Brasil permita a Huawei para implementar o 5G no país, Chapman afirmou:

“Diria que represálias não, consequências sim”, acrescentando que “cada país é responsável por suas decisões. As consequências que estamos vendo no mundo é que há um receio de empresas que estão baseadas na propriedade intelectual de fazer investimentos em países onde essa propriedade intelectual não seja protegida.”

O diplomata que alega se tratar de uma questão de segurança nacional, foi além, e disse:

“A informação não estará segura. A qualquer hora, o governo chinês pode pedir à Huawei que a informação seja mandada a eles.”

Chapman argumentou que “a maior exportação dos EUA é inteligência, propriedade intelectual”, por isso, “temos que proteger nossa propriedade intelectual”.

“E o Brasil tem que fazer o mesmo. Ou vai continuar exportando produtos primários, e não de alta tecnologia”, concluiu.

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