O Cazaquistão se tornou um dos centros globais para a mineração de Bitcoin (BTC) após o banimento da atividade na China.
O antigo estado soviético é responsável por 18,1% da taxa global de hash. Os EUA são a única nação à frente com 35,4%.
Contudo, o governo do país está agora preocupado com o crescente número de mineradores que operam sem as licenças exigidas, promovendo uma repressão mais ampla ao setor.
“Os mineradores cinzas estão causando muitos danos à nossa rede elétrica.
Os custos de energia da mineração ilegal são estimados em mais de 1 gigawatt.”
De acordo com um anúncio recente, as autoridades forçaram 106 fazendas de mineração de criptomoedas a interromper suas atividades. No total, 55 deles fecharam voluntariamente.
Os outros 51, suspeitos de evasão fiscal e operando em zonas econômicas especiais sem aprovação regulatória, foram denunciados pela aplicação da lei.
A investigação revelou ainda que algumas figuras políticas e empresariais populares estavam por trás de algumas mineradoras.
Estes incluem Bolat Nazarbayev – o irmão do ex-presidente Nursultan Nazarbayev, Kairat Itegmenov – o 17º homem mais rico do Cazaquistão, e Alexander Klebanov – o presidente da Central Asian Electric Power Corp.
Além disso, as autoridades confiscaram mais de 65.000 equipamentos de mineração dessas fazendas, no valor de mais de US$ 190 milhões.
Em fevereiro, o governo identificou e interrompeu as atividades de 13 fazendas de mineração de criptomoedas.
As entidades estavam localizadas em todo o país em regiões como Turquestão, Pavlodar, Karaganda, Akmola e Kostanai.
Segundo estimativas, as fazendas empregavam coletivamente uma capacidade de eletricidade de mais de 200 megawatts.
Naquela época, as autoridades prometeram continuar descobrindo e desconectando organizações não regulamentadas que, segundo o governo, estão prejudicando a rede de energia local.
No entanto, o presidente Tokayev afirmou que o governo não incomodará os mineradores que receberem a aprovação necessária para executar suas operações:
“O governo não se opõe aos mineiros “brancos”, mas as pessoas que querem operar neste setor devem ter uma licença, obter sua eletricidade nas tarifas adequadas, declarar sua renda e pagar impostos e se envolver em projetos verdes.”
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