Em 2021, a Índia mostrou intenções de lançar uma moeda digital do banco central (CBDC).
Já em agosto, o Reserve Bank of India anunciou que desenvolveria programas de teste. Esse programa viria com o intuito de examinar como uma potencial e-rupia iria interagir com o sistema monetário local.
Embora os funcionários do banco tivessem a intenção de lançar o produto em 2021, houve um adiamento para o ano em curso.
De acordo com a Reuters, a ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, revelou que o banco central introduzirá seu CBDC em algum momento entre 1º de abril de 2022 e 31 de março de 2023.
“A moeda digital também levará a um sistema de gerenciamento de moeda mais eficiente e mais barato”, disse Sitharaman.
Banco Central da Índia não tem uma visão favorável às criptomoedas
Só para exemplificar, o Reserve Bank of India expressou algumas preocupações em torno de criptomoedas privadas como bitcoin e Ethereum.
Em novembro, a instituição propôs a proibição total de empreendimentos com tais ativos.
No entanto, alguns especialistas opinaram que a regulamentação é o melhor método a ser adotado.
Um grande defensor dessa regulação é Narendra Modi.
O primeiro-ministro da Índia acredita que os países democráticos devem se reunir para projetar uma estrutura regulatória para os ativos digitais.
Sem dúvidas, essa é uma decisão bem atraente para a Índia. Afinal, a indústria de criptomoedas é muito forte no país.
As estimativas sugerem que existem entre 15 e 20 milhões de investidores locais que alocaram mais de US$5 bilhões nos criptoativos.
Mas a tributação desses ativos não ficará de fora do alcance da Índia
Isso porque Sitharaman propôs que qualquer receita gerada pela atividade de criptomoeda fosse tributada em 30%.
Além disso, a ministra vê que as doações de ativos digitais devem ser sujeitas a tributação.
Caso o projeto seja aprovado, ele se tornará uma das maiores faixas de impostos do país.
“Houve um aumento fenomenal nas transações em ativos digitais virtuais. A magnitude e a frequência dessas transações tornaram imperativo prever um regime tributário específico”, disse Sitharaman.
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