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maio 31, 2023 
5 min. 
Em um artigo de opinião publicado na última terça-feira, 30 de maio, o CEO da Coinbase escreveu que a recente turbulência da indústria cripto “pode tornar tentador para os formuladores de políticas considerá-la uma classe de ativos instável”.
Isso é efetivamente o que os reguladores dos EUA têm feito, perdendo a floresta para as árvores ao tratar as criptomoedas como uma ferramenta especulativa ou de jogo, em vez de uma base de tecnologia financeira.
“Não perceber que as criptomoedas são muito mais do que transações individuais arrisca o papel consagrado da América como líder financeiro global e um centro de inovação.”
Brian Armstrong na China
A mensagem foi reiterada por vários executivos do setor e até por alguns senadores de alto escalão. No entanto, caiu em ouvidos surdos até agora, com a Securities and Exchange Commission (SEC) recusando-se a reconhecer que esta nova classe de ativos precisa de sua própria legislação.
“Ao aplicar políticas restritivas, os EUA estão inadvertidamente conduzindo a inovação criptográfica para o exterior”, disse Armstrong.
Ele continuou afirmando que os Estados Unidos e outras nações democráticas estão enfrentando sistemas digitais “promovidos por um adversário ambicioso, a China”.
A China está promovendo suas plataformas digitais Alipay e Tencent globalmente por meio de suas Iniciativas do Cinturão e Rota, alertou. Há também a moeda digital do banco central do yuan digital (CBDC), que está sendo fortemente pressionada por Pequim. Além disso, a China pretende desafiar diretamente o dólar americano e seu papel no comércio global, alertou Armstrong.
“Dados esses movimentos e a estratégia da China de alavancar a tecnologia financeira para proteger seus próprios interesses nacionais, não deveria ser surpresa que Hong Kong esteja se posicionando como um hub cripto global.”
A China tem o maior destaque, mas outras nações também estão avançando com o lançamento de regulamentações criptográficas. Isso inclui Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Japão, União Européia, Austrália e Cingapura, todos competindo para se tornarem centros criptográficos.
Sistema financeiro dos EUA ficando para trás
O CEO da Coinbase revelou que a maioria dos americanos sente que o atual sistema financeiro não atende aos seus interesses. Pesquisas sugerem que 70% acreditam que seus filhos ficarão em situação pior se nada mudar. A dívida nacional galopante (que agora não tem limite) e a inflação galopante estão afetando todos, menos os americanos mais ricos.
“Se falharmos hoje, a próxima geração de americanos pagará o preço”, alertou.
A Coinbase foi ameaçada com uma ação legal pela SEC em março. A empresa pediu clareza sobre os regulamentos e diálogo com o regulador, que continua levantando barreiras e negando seus recursos.
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