Novas informações divulgadas nesta semana chamaram a atenção para o Real Digital. Estas apontam que a futura moeda digital do Brasil poderá ter “circuit breaker” e travas de saques.
Caso isso seja verdade, acessar o próprio dinheiro poderia ser algo limitado ao cumprimento de regras impostas pelo Banco Central e bancos que intermediarem o dinheiro.
Atualmente, aconteceu apenas a divulgação das diretrizes da CBDC do Brasil ao público. Isso porque, o projeto ainda está em discussão. Portanto, dados técnicos, bem como a implementação da moeda digital ainda são um mistério para a população.
“Circuit breaker” e trava de saques podem ser uma realidade?
Em 2020, no início da pandemia, muitos cidadãos recorreram aos caixas eletrônicos para fazerem o saque de dinheiro em espécie.
Na ocasião, a prática chamada de entesouramento, levantou preocupações ao Banco Central, considerando que não existem notas o suficiente para que toda a população brasileira retire seu dinheiro dos bancos.
Portanto, com o lançamento de uma moeda digital, a situação não será mais motivo de preocupação. Isso porque, a moeda nacional, chamada Real Digital, contará com travas de saques, de acordo com informações divulgadas pelo Valor Econômico.
Portanto, caso os clientes de um banco queiram sacar todo seu dinheiro, eles seriam impedidos pelo próprio mecanismo definido pelo sistema financeiro.
E não para por aí! O Real Digital ainda pode contar com um mecanismo de “circuit breaker”. Ou seja, algo que congelaria saques em uma instituição que tivesse alcançado o limite definido pelas regras.
Portanto, os clientes da instituição não conseguiriam mais sacar dinheiro físico, que deve continuar a existir por alguns anos, mesmo com a chegada da moeda digital.
Vale destacar que o “circuit breaker” é bastante conhecido por investidores da bolsa de valores. Trata-se de um mecanismo ativado sempre que a cotação das principais ações cai muito rápido, travando negociações dos acionistas.
Normalmente, o “circuit breaker” não indica um bom momento no mercado de ações.
Real Digital não é uma criptomoeda
Como compartilhamos anteriormente, um deputado federal pediu para que o Ministro Paulo Guedes explique melhor o Real Digital. O deputado apontou que o Ministro da Economia deve explicar até o porque essa tecnologia é mais segura que o bitcoin, uma moeda com mais de 13 anos no mercado.
Entretanto, o Banco Central do Brasil tem informado de maneira clara que a moeda digital brasileira não é uma criptomoeda ou “criptoativo”, como costumam chamar projetos descentralizados.
Fernando Ulrich, entusiasta do bitcoin no Brasil, solicitou a ajuda de deputados federais, para que esse projeto seja acompanhado de perto e, se possível, que o código do Real Digital seja aberto.
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