O coach e empresário José Roberto Marques, autor do livro e curso “Segredos da Mente Milionária”, está endividado e com bens bloqueados pela Justiça por não pagar nem mesmo o aluguel do seu instituto.
Conhecido por dar palestras e treinamentos para quem deseja realizar o sonho de ficar rico, o coach parece não ter seguido os passos do próprio livro.
Os ensinamentos não impediram o empresário de acumular dívidas milionárias, conforme reportagem do G1.
O palestrante tem 1,3 milhão de seguidores no Instagram, quase 500 mil no Facebook e chegou a ser conselheiro de um reality show exibido na TV em 2019.
O IBC Coaching, centro de cursos presidido por Marques, pediu judicialmente a redução de 50% do aluguel do imóvel de 3 mil metros quadrados no bairro Jardim Anhaguera, na zona sul de São Paulo.
Contudo, o pedido foi negado pela Justiça. Sem apresentação demonstrações contáveis, a empresa afirmava que não conseguiria arcar com o aluguel de R$161 mil.
O proprietário do imóvel cobra nesse mesmo processo aluguéis atrasados que ultrapassam R$1 milhão, afirmando que a inadimplência do IBC vem desde antes da pandemia do novo coronavírus, e que o valor correto do aluguel é R$191mil.
Em outro processo sobre a questão do aluguel, a empresa dona do imóvel conseguiu em agosto, uma decisão judicial que bloqueou R$1,026 milhão em bens do IBC, do próprio coaching e de outras 10 pessoas jurídicas ligadas ao empresário para quitar dívidas com o aluguel.
Segundo a magistrada, o IBC já tinha débitos de aluguel anteriores à pandemia. O valor atrasado no início do ano já superava R$600 mil.
Além das dívidas milionárias, o empresário está sendo acusado de plágio desde junho de 2019.
O IBC é processado pelo psicanalista italiano Roberto Girola, que acusa a instituição de ter plagiado um de seus livros.
O instituto pediu segredo de Justiça do processo, que foi negado. Trata-se da suposta reprodução sem créditos de um capítulo do livro “A psicanálise cura?”, de Girola, em uma apostila do principal curso desenvolvido por Marques.
Na ação os advogados de Girola afirmam que o material em questão havia sido distribuído a alunos em treinamentos presenciais de 2014 até pelo menos 2016.
De acordo com os documentos anexados pela defesa de Girola, a apostila do coaching não teria seguido as nomas acadêmicas para fazer citações.