Criptomoedas focadas em privacidade e anonimato passaram por 60 exclusões de exchanges e plataformas este ano, de acordo com relatório da Kaiko. Esta é uma tendência global, que se acentuou nos últimos anos.
O relatório rastreou as criptomoedas Monero (XMR), Dash (DASH), Decred (DCR), Mask (MASK), Rose (ROSE) e Zcash (ZEC). Notavelmente, Monero –a maior do mercado– foi a criptomoeda mais removida das corretoras.
Pressão regulatória
Conforme destacado, as corretoras vem removendo as criptomoedas focadas em privacidade devido a riscos e pressões regulatórias crescentes.
Em 2018, o Japão proibiu a negociação de criptomoedas focadas em privacidade. Em 2020, os governos da Austrália e Coreia do Sul começaram a pressionar as exchanges para remover esta classe de ativos digitais.
Outras jurisdições que vem desincentivando ou restringindo estes ativos incluem os Emirados Árabes Unidos e a União Europeia. Algumas das corretoras que removeram a classe de ativos incluem Binance, Kraken e OKX.
Privacidade em blockchain
Redes blockchain públicas, como Bitcoin e Ethereum, são completamente transparentes. Isto significa que é possível verificar o saldo e histórico de transações de todos os endereços.
Para obter maior privacidade utilizando estas redes é necessário recorrer a ferramentas de privacidade, como mixers, coinjoins ou redes de segunda camada. Ainda assim, ferramentas de privacidade também vem sendo restringidas, como foi o caso do Tornado Cash.
Por sua vez, criptomoedas como Monero não são rastreáveis. Isto significa que não é possível verificar publicamente o histórico de transações e saldo de um endereço.
Apesar dos seus recursos, o Monero segue com um desempenho financeiro fraco. A criptomoeda segue com preço abaixo da máxima histórica de 2018:
Leia mais: Monero (XMR): Entenda como funciona a criptomoeda de privacidade