O conflito entre Israel e Palestina, no território do Levante, alcançou um novo nível de intensidade na semana passada, quando o Hamas lançou uma série de ataques de Gaza contra Israel. O episódio foi classificado como uma das escaladas mais graves do conflito que já perdura por muitos anos, deixando a comunidade internacional em alerta. No entanto, além das questões geopolíticas e humanitárias que envolvem esse cenário, a questão dos financiamentos por trás dessas operações de guerra ganha destaque.
Especulações apontam para o uso de criptomoedas como uma possível fonte de financiamento para o Hamas e outros grupos militares palestinos, como a Jihad Islâmica Palestina e o Hezbollah, aliado libanês da Palestina. Autoridades israelenses conduziram investigações, incluindo análises de blockchain, e teriam descoberto grandes movimentações de fundos em criptos para esses grupos.
Para exemplificar, uma carteira associada à Jihad Islâmica Palestina teria recebido cerca de US$93 milhões em criptos entre agosto de 2021 e junho de 2023. Além disso, houve uma transferência fraudulenta de bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Bitcoin Cash (BCH) no valor de cerca de Rs 30 lakhs de uma carteira indiana para carteiras associadas às Brigadas Al-Qassam.
Vale ressaltar que as Brigadas Al-Qassam são o braço militar da organização palestina Hamas, e, durante a investigação, as autoridades israelenses apreenderam as carteiras envolvidas nas transações suspeitas.
Diante dessas descobertas, legisladores, como o presidente bancário do Senado, Sherrod Brown, e a senadora dos Estados Unidos, Elizabeth Warren, estão se mobilizando para entender o papel das criptomoedas nesses conflitos israelense-palestinos.
A senadora Warren, em particular, está se destacando como uma voz que pressiona por regulamentação no mercado cripto. Em uma entrevista, ela afirmou:
“O perigo do terrorismo financiado através de criptomoedas é uma ameaça real e deve ser uma prioridade urgente para o Congresso. Estamos vendo uma coalizão bipartidária de senadores comprometidos em aprovar uma legislação que combata o terrorismo global, cortando suas fontes de financiamento”.