Dois proprietários de carros Tesla informaram em entrevista à CNBC que modificaram os seus veículos com o objetivo de utilizar os componentes para minerar Bitcoin (BTC) e outros criptoativos.
Chris Allessi afirmou que modificou o veículo e realizou a mineração de Bitcoin (BTC) e Monero (XMR), dois criptoativos que utilizam o mecanismo de consenso de Proof of Work.
Segundo relatado, a modificação ocorreu na Unidade de Controle Eletrônico (ECU) que aproveitou certos periféricos do carro e os direcionou para a mineração por meio de um software intermediário.
Um dos entrevistados comentou que conectou placas de vídeo (GPUs) ao seu Tesla Model 3 de 2018. Para conseguir realizar a mineração, hackeou o firmware interno do carro.
Como destacado pelo próprio desenvolvedor, o que ele fez retira a garantia do carro, segundo as regras do fabricante.
No entanto, ele destacou que a operação compensou a perda da garantia, visto que ele conseguiu ganhar uma média de US$ 800 em ether, token nativo da rede Ethereum.
Chris Allesi afirmou que modificou o inversor de energia para poder conectar um Asic S9 e o ligou diretamente na bateria do carro, isso ainda em 2018.
Segundo Alessi, ele utilizou o próprio navegador do carro para executar a mineração de forma remota.
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Esta não é a primeira vez que carros elétricos são utilizados na mineração de criptoativos.
A empresa Daymak Inc lançou em 2021 o carro Spiritus, que permite aos usuários minerar criptoativos com os recursos nativos do carro, sem a necessidade de alterações.
Mineração de Bitcoin (BTC)
A mineração é o processo na qual redes blockchain mantêm a sua segurança e o consenso sobre o estado final das transações.
A maior rede blockchain do mundo hoje é o Bitcoin, que estima-se que consuma mais energia elétrica do que toda a Argentina, recurso que é direcionado para proteger a maior rede monetária descentralizada do mundo.
O bitcoin é negociado em cerca de US$ 30 mil, com queda de 4% nas últimas 24 horas.
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