O ministro das Finanças de El Salvador, Alejandro Zelaya, anunciou hoje que o país da América Central adiou a emissão de seu tão esperado título lastreado em Bitcoin.
O governo originalmente planejava emitir US$ 1 bilhão em títulos para investidores entre 15 e 20 de março.
O governo pretende converter US$ 500 milhões em bitcoin para os cofres do governo e usar os outros US$ 500 milhões para a construção de infraestrutura para a mineração do cripto-ativo.
O título vai pagar aos investidores 6,5% ao ano mais metade do rendimento do bitcoin comprado pelo governo.
Além disso, o governo está oferecendo residência permanente para qualquer um que investir o equivalente a pelo menos 3 bitcoins no título.
O plano também foi referido como Volcano Bond, uma vez que o vulcão Conchagua seria utilizado como fonte de energia para a mineração do cripto-ativo.
Zelaya afirmou que a atual volatilidade do mercado e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia levaram as autoridades a adiar a data de lançamento, possivelmente até setembro.
“Agora não é hora de emitir o título”, disse Zelaya.
O título Bitcoin de El Salvador será emitido pela Blockstream, uma empresa de infraestrutura Bitcoin através do protocolo Liquid.
A Liquid Network é uma rede de camada 2 do Bitcoin que permite a troca de bitcoins a baixo custo e emissão de tokens.
Adoção do Bitcoin
No ano passado, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a adotar o BTC como moeda legal.
Desde então, o país vem adotando uma série de medidas para estabelecer o cripto-ativo em território nacional.
Até o momento, o governo salvadorenho adquiriu mais de 1600 bitcoins para os seus cofres, avaliados em cerca de US$ 71 milhões.
O país agora se prepara para financiar a construção da Bitcoin City, que pretende ser um polo global para o cripo-ativo.
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